“Jesus não veio procurar o consenso dos homens”. “O verdadeiro profeta é a Deus que obedece, pondo-se ao serviço da verdade, pronto a pagar em primeira pessoa”. Palavras do Papa, neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, comentando o Evangelho do dia, com o episódio vivido por Jesus em Nazaré, rejeitado pelos seus conterrâneos.
Sabendo bem que “nenhum profeta é bem aceite na sua pátria”, Jesus – observou o Papa – dirige às pessoas palavras que soam como uma provocação: cita dois milagres realizados pelos grandes profetas Elias e Eliseu a favor de pessoas não israelitas, para mostrar que às vezes há mais fé fora de Israel. E é por isso que todos reagem, expulsando-o da sinagoga e tentando mesmo deitá-lo abaixo de um precipício.
É caso para nos perguntarmos por que é que Jesus quis provocar esta rotura? – prosseguiu Bento XVI. Ao princípio as pessoas estavam admiradas com ele, teria porventura conseguido um certo consenso…
“Mas é precisamente essa a questão: Jesus não veio para procurar o consenso dos homens, mas – como dirá no fim a Pilatos – para dar testemunho da verdade.
O verdadeiro profeta não obedece senão a Deus e coloca-se ao serviço da verdade, pronto a pagar na sua própria pele”.
É verdade que Jesus é o profeta do amor (reconheceu o Papa), mas também o amor tem a sua própria verdade.
“Ou melhor: amor e verdade são dois nomes da mesma realidade, dois nomes de Deus”.
Citando a segunda leitura deste domingo, Bento XVI recordou que “a caridade… não falta de respeito, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não tem conta do mal recebido, não se regozija com a injustiça, mas alegra-se com a verdade”.
“Crer em Deus, significa renunciar aos próprios preconceitos e acolher o rosto concreto no qual Ele se revelou: o homem Jesus de Nazaré. E esta via leva a reconhecê-lo e servi-lo também nos outros”.
Depois da oração mariana, Bento XVI recordou que em Itália a Igreja celebra neste domingo a “Jornada pela vida”.
“Associo-me aos bispos italianos que na sua mensagem convidam a investir na vida e na família, como resposta eficaz à atual crise”.
O Papa saudou também o Movimento pela Vida, fazendo votos de bom sucesso para a iniciativa denominada “um de nós”, “para que a Europa seja sempre lugar onde cada ser humano seja tutelado na sua dignidade”
Rádio Vaticano
Vídeo da ocasião em espanhol
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