Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

«A Criação é obra comum da Santíssima Trindade»

… Bento XVI anima-nos, aos que acreditamos, a nunca nos conformarmos com o conhecimento de Deus que já possamos ter alcançado. Numa audiência recente, dizia: as alegrias mais verdadeiras são capazes de libertar em nós aquela inquietação sadia que leva a ser mais exigentes querer um bem maior, mais profundo e ao mesmo tempo sentir com clareza cada vez maior que nada de finito pode encher o nosso coração. Assim aprenderemos a tender, desarmados, para aquele bem que não podemos construir ou obter com as nossas forças; a não nos deixarmos desencorajar pela fadiga ou pelos obstáculos que provêm do nosso pecado [7].

Santo Ireneu de Leão, um dos primeiros Padres que se esforçou por aprofundar no mistério da ação criadora da Trindade, explicava que «só existe um Deus (…): é o Pai, é Deus, é o Criador, é o Autor, é o Ordenador. Fez todas as coisas por Si mesmo, quer dizer, pelo Seu Verbo e pela Sua Sabedoria, “pelo Filho e pelo Espírito”» [8]. E, recorrendo a um modo gráfico, metafórico, de se exprimir, pois não tem cabimento nenhuma desigualdade entre as Pessoas divinas, acrescentava que o Filho e o Paráclito são como que as “mãos” do Pai na Criação. Assim o declara o Catecismo da Igreja Católica, que conclui: «A Criação é obra comum da Santíssima Trindade» [9]. Nesta absoluta unidade de ação, a obra criadora atribui-se a cada Pessoa divina segundo o que é próprio de cada uma. E assim se diz que corresponde ao Pai como primeiro Princípio do ser, ao Filho como Modelo supremo e ao Espírito Santo como Amor que leva a comunicar bens às criaturas.

Meditemos, minhas filhas e filhos, com atitude de profunda adoração, nestas grandes verdades. E insisto, como S. Josemaria aconselhava, que supliquemos a Deus que tenhamos necessidade de tratar cada uma das Pessoas divinas, distinguindo-as.

[7]. Bento XVI, Discurso na Audiência geral, 7-XI-2012.
[8]. S. Ireneu de Leão, Contra as heresias 2, 30, 9 (PG 7, 822).
[9]. Catecismo da Igreja Católica, n. 292. Cfr. S. Ireneu de Leão, Contra as heresias 4, 20, 1 (PG 7, 1032).

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de dezembro de 2012)

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