… Bento XVI anima-nos, aos que acreditamos, a nunca nos conformarmos com o conhecimento de Deus que já possamos ter alcançado. Numa audiência recente, dizia: as alegrias mais verdadeiras são capazes de libertar em nós aquela inquietação sadia que leva a ser mais exigentes – querer um bem maior, mais profundo – e ao mesmo tempo sentir com clareza cada vez maior que nada de finito pode encher o nosso coração. Assim aprenderemos a tender, desarmados, para aquele bem que não podemos construir ou obter com as nossas forças; a não nos deixarmos desencorajar pela fadiga ou pelos obstáculos que provêm do nosso pecado [7].
Santo Ireneu de Leão, um dos primeiros Padres que se esforçou por aprofundar no mistério da ação criadora da Trindade, explicava que «só existe um Deus (…): é o Pai, é Deus, é o Criador, é o Autor, é o Ordenador. Fez todas as coisas por Si mesmo, quer dizer, pelo Seu Verbo e pela Sua Sabedoria, “pelo Filho e pelo Espírito”» [8]. E, recorrendo a um modo gráfico, metafórico, de se exprimir, pois não tem cabimento nenhuma desigualdade entre as Pessoas divinas, acrescentava que o Filho e o Paráclito são como que as “mãos” do Pai na Criação. Assim o declara o Catecismo da Igreja Católica, que conclui: «A Criação é obra comum da Santíssima Trindade» [9]. Nesta absoluta unidade de ação, a obra criadora atribui-se a cada Pessoa divina segundo o que é próprio de cada uma. E assim se diz que corresponde ao Pai como primeiro Princípio do ser, ao Filho como Modelo supremo e ao Espírito Santo como Amor que leva a comunicar bens às criaturas.
Santo Ireneu de Leão, um dos primeiros Padres que se esforçou por aprofundar no mistério da ação criadora da Trindade, explicava que «só existe um Deus (…): é o Pai, é Deus, é o Criador, é o Autor, é o Ordenador. Fez todas as coisas por Si mesmo, quer dizer, pelo Seu Verbo e pela Sua Sabedoria, “pelo Filho e pelo Espírito”» [8]. E, recorrendo a um modo gráfico, metafórico, de se exprimir, pois não tem cabimento nenhuma desigualdade entre as Pessoas divinas, acrescentava que o Filho e o Paráclito são como que as “mãos” do Pai na Criação. Assim o declara o Catecismo da Igreja Católica, que conclui: «A Criação é obra comum da Santíssima Trindade» [9]. Nesta absoluta unidade de ação, a obra criadora atribui-se a cada Pessoa divina segundo o que é próprio de cada uma. E assim se diz que corresponde ao Pai como primeiro Princípio do ser, ao Filho como Modelo supremo e ao Espírito Santo como Amor que leva a comunicar bens às criaturas.
Meditemos, minhas filhas e filhos, com atitude de profunda adoração, nestas grandes verdades. E insisto, como S. Josemaria aconselhava, que supliquemos a Deus que tenhamos necessidade de tratar cada uma das Pessoas divinas, distinguindo-as.
[7]. Bento XVI, Discurso na Audiência geral, 7-XI-2012.
[8]. S. Ireneu de Leão, Contra as heresias 2, 30, 9 (PG 7, 822).
[9]. Catecismo da Igreja Católica, n. 292. Cfr. S. Ireneu de Leão, Contra as heresias 4, 20, 1 (PG 7, 1032).
[8]. S. Ireneu de Leão, Contra as heresias 2, 30, 9 (PG 7, 822).
[9]. Catecismo da Igreja Católica, n. 292. Cfr. S. Ireneu de Leão, Contra as heresias 4, 20, 1 (PG 7, 1032).
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de dezembro de 2012)
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