Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Angela Merkel e a maioria silenciosa (Editorial de Helena Garrido no Jornal de Negócios)

O que se ouve no espaço mediático e nas redes sociais como opinião dominante parece não representar a maioria dos portugueses. 

O que se ouve no espaço mediático e nas redes sociais como opinião dominante parece não representar a maioria dos portugueses. Angela Merkel visitou Portugal, foi recebida como os portugueses recebem, bem, os líderes dos países amigos e viu manifestações de minorias. Como na altura do pós 25 de Abril de 1974, há uma maioria silenciosa que tem bom senso e apenas deseja que os problemas do país sejam resolvidos o mais depressa possível. Uma lição também para o governo e a oposição.

A visita da chanceler alemã tem o valor simbólico de envolver activamente a Alemanha, em parceria e não em domínio, nas soluções que podem recuperar o crescimento económico português. Angela Merkel veio a Lisboa com uma comitiva de empresários e gestores. Representavam empresas de referência no mundo como a Bosch, SAP, Volkswagen, Siemens, BASF, Allianz e Deutsche Bank. E nas suas intervenções ofereceu solidariedade a Portugal e empenho na construção europeia. Que líder europeu veio até hoje a Portugal acompanhado por gestores de topo das suas grandes empresas, para desta forma abrir caminhos de investimento e parcerias? 

Todos sabemos bem como são bem sucedidos os projectos alemães em Portugal. O Negócios mostrava na edição do dia em que Merkel visitou Portugal, ontem, dia 12 de Novembro, que temos em Portugal das melhores fábricas de grandes empresas alemãs, como acontece com a Continental Mabor e a Autoeuropa.

A mensagem que os empresários e gestores portugueses ouviram no fórum luso-alemão que foi encerrado por Angela Merkel e Pedro Passos Coelho foram palavras positivas, de encorajamento e de apelo à persistência e resistência. Sabem por vivência própria o que doem as políticas que estão a ser aplicadas em Portugal. Fizeram-no pela mão do então chanceler Gerhard Schröder que lançou a Agenda 2010. A partir de 2003 foram lançadas várias reformas, em diversas frentes, como o mercado laboral e as prestações sociais. Os resultados chegaram agora. 

Foi exactamente essa a mensagem que os empresários alemães, que estiveram no Centro Cultural de Belém e que vieram com Angela Merkel, deixaram aos portugueses: não desistam porque a compensação por essas políticas chegará. Não prometeram novos investimentos, mas podemos esperar o reforço de projectos que já se encontram em Portugal, numa decisão ditada pelo sucesso que as fábricas aqui têm tido. Mas disseram mais: é preciso elevar a qualificação e formação dos portugueses. E o sistema de formação dual que Portugal quer importar da Alemanha é uma óptima ideia para corrigir os erros que foram sendo cometidos na educação em Portugal.

Além de persistência na mudança, acreditando que os resultados vão chegar e olhando para estas medidas como um investimento, e de uma séria aposta na formação para o emprego, Portugal tem de criar um ambiente mais estável para as empresas nos impostos e na justiça - nenhuma economia consegue prosperar sem que quem vende consiga garantir que é pago.

Claro que ninguém sabe se o que funcionou na Alemanha resultará em Portugal. Mas sabemos que as alternativas que se colocam prometem resultados muito piores. A maioria silenciosa que se revelou nesta visita de Angela Merkel é apenas isso que parece desejar, uma estratégia persistente que mude o país para melhor.

Helena Garrido Jornal de Negócios AQUI após busca no Google

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