Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

“Quem está a morrer de fome não poderá esperar um ano, um mês, uma semana que seja até que se resolvam problemas estruturais”

D. Pio Alves, um dos bispos auxiliares do Porto, afirmou quarta-feira no Santuário de Fátima que é mais importante ajudar o próximo do que procurar responsáveis pela crise.

«Peço-vos que não comeceis a buscar já culpados, ou, melhor, corresponsáveis na culpa dos desastres sociais, que os há, certamente. Convido-vos a que tenteis, primeiro, responder à pergunta: que posso eu fazer pelo verdadeiro progresso daqueles que me são mais próximos?», disse na homilia da missa, enviada à Agência ECCLESIA.

Na primeira das duas celebrações a que vai presidir no âmbito da peregrinação de 12 e 13 de setembro, D. Pio Alves frisou que o cuidado pelos mais necessitados deve passar das palavras ao atos.

“Convido-vos (…) a não olhar para tão longe de nós próprios que fiquemos apenas por sentimentos genéricos de solidariedade; convido-vos a não olhar para tão longe de nós próprios que não consigamos já reconhecer as pessoas com nomes, apelidos e circunstâncias concretas”, afirmou.

Depois de sublinhar que os católicos devem ultrapassar os limites das suas “necessidades pessoais”, o responsável da Igreja em Portugal pela cultura, bens culturais e comunicações sociais pediu aos fiéis que tomem atenção às necessidades dos “portugueses”, em particular dos “familiares” e “vizinhos”.

O prelado refutou a “acusação indiscriminada de ‘assistencialismo’ feita a quem, no dia a dia responde, com obras, à fome, à sede, ao frio”, ação que é desempenhada por milhares de pessoas, voluntárias e profissionais, ao serviço de centenas de instituições católicas.

“Quem está a morrer de fome não poderá esperar um ano, um mês, uma semana que seja até que se resolvam problemas estruturais”, acentuou D. Pio Alves, acrescentando que a “atenção urgente a situações-limite não dispensa a reconsideração ponderada de modelos alternativos de sociedade”.

O bispo auxiliar deplorou a pobreza mas salientou que é ainda mais “lamentável” a existência de pessoas e organismos que “sub-repticiamente” vivem “à custa da pobreza alheia”, dado que “a dádiva verdadeira nunca pode ser nem parecer negócio”.

“Como cidadãos, temos o direito e o dever de, livremente, manifestar a nossa concordância ou discordância com o rumo traçado para a sociedade; como cristãos, temos obrigação de não nos alhearmos dos reais problemas da sociedade e de, com realismo, cooperarmos para alimentar a esperança”, observou.

O responsável vincou que “sem a caridade, feita de gestos concretos, de pouco ou nada servem práticas de cariz religioso” e deu como exemplo a mãe de Cristo, que a 13 de setembro de 1917 apareceu pela quinta vez na zona da Cova da Iria a Lúcia e aos beatos Francisco e Jacinta.

“Quem melhor do que a Virgem Maria, a discípula fiel, soube relacionar-se com todos e encontrar nos escassos bens materiais de que dispôs ocasião de serviço ao próximo e de louvor a Deus?”, questionou.

O bispo auxiliar do Porto preside esta manhã à principal missa da peregrinação de 12 e 13 de setembro ao santuário localizado na Diocese de Leiria-Fátima.

RJM

Agência Ecclesia (seleção do título da responsabilidade do blogue)

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