A notícia é «motivo de gratidão a Deus». Afirmou D.
Javier Echevarría Rodriguez, o bispo espanhol actual Prelado do Opus Dei
O sucessor de São Josemaría
Escrivá de Balaguer será beato. O Papa Bento XVI declarou de facto as virtudes
heróicas (portanto a venerabilidade) do Prelado do Opus Dei que recebeu o
testemunho do São Josemaría Escrivá de Balaguer.
«Gratidão por este pastor
exemplar que amou o Senhor e a sua Igreja, e aqueles com quem viveu e teve a
oportunidade de conhecer, para além de todos os homens por
quem orou». D. Álvaro del Portillo «procurou em cada instante cumprir fielmente a vontade Deus»,
prosseguiu D. Javier: eis porque «é
recordado por tantos homens e mulheres como uma pessoa e sacerdote de paz e
leal ao seu empenho no amor de Deus, muito unido à Igreja e ao Romano
Pontífice».
«Sei também –
acrescentou – que tantos recorrem à sua
ajuda, em tantas partes do mundo, seja pela sua necessidade pessoais,
familiares, profissionais e dos seus amigos. É voz corrente que irradiava paz,
alegria, simplicidade, espírito cristão e visão apostólica».
D. Álvaro del Portillo «nasce
em Madrid a 11 de março de 1914 sendo o terceiro de oito irmãos. Era doutorado
em Engenharia Civil, em Filosofia e em Direito Canónico», informam do Opus Dei,
em que o futuro beato entrou em 1935 com a idade de 21 anos. Em pouco tempo torna-se o principal
colaborador de São Josemaría Escrivá de Balaguer. Ordenado sacerdote em 25 de
junho de 1944, «desde então entregou-se empenhadamente no cumprimento do
ministério.
Uma vez transferido para Roma «com a sua actividade intelectual
junto a São Josemaría e com o seu trabalho na Santa Sé elaborou uma profunda
reflexão sobre o papel e a responsabilidade dos fiéis leigos na missão da Igreja através
do trabalho profissional e as relações sociais e familiares». Entre 1947 e 1950 dá vida às «actividades
apostólicas do Opus Dei em Roma, Milão, Nápoles, Palermo e outras cidades
italianas» além de promover iniciativas «de formação cristã» e oferecer «os
seus serviços sacerdotais a inúmeras pessoas».
«Do pontificado de Pio XII até
ao de João Paulo II – prosseguem – assumiu
diversos encargos na Santa Sé. Participou ativamente no Concílio Vaticano II e
foi durante muitos anos consultor da Congregação para a Doutrina da Fé».
Em 15 de setembro de 1975, «poucos meses após o
desaparecimento do fundador, D. Álvaro foi eleito primeiro sucessor para guiar
o Opus Dei». Em novembro de 1982, «quando o beato João Paulo II ergueu o Opus
Dei com Prelatura pessoal, designou-o Prelado», e passados oito anos nomeou-o
Bispo. Durante os anos que esteve à frente do Opus Dei, D. Álvaro del Portillo
lançou «actividade pastoral da Prelatura em 20 novos países»; além de haver
encorajado numerosas iniciativas sociais e educativas».
A 23 de março de 1994 «poucas horas após o regresso de
uma peregrinação à Terra Santa, o Senhor chamou-o para junto de Si». Logo após
a sua partida, «milhares de pessoas deram testemunho da sua bondade, do calor
humano do seu sorriso, da sua humildade, da sua audácia sobrenatural e da paz
interior que saiam das suas palavras». Entre
elas, o próprio beato João Paulo II, que no dia do falecimento do Prelado
recolheu-se em oração diante do corpo defunto. Brevemente ambos se encontrarão
«nos altares»: o Papa polaco que já lá se encontra e o Prelado que se está
aproximando.
DOMENICO AGASSO JR.
Roma
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