Indiferentes, alheados, anestesiados espiritualmente, com o coração endurecido, preocupados apenas consigo próprios, absorvidos pelas coisas e interesses pessoais, pela ambição de riqueza material. Cegos e surdos aos sofrimentos dos outros e ao seu destino.
Este é o retrato do homem actual que, para disfarçar o seu egoísmo e a falta de atenção aos outros, se justifica muitas vezes com um pseudo-respeito pela esfera privada de cada um.
Pior ainda: a nossa geração é cobarde, cala-se e é condescendente perante o mal. [N. 'Spe Deus': Muitos dos Seus discípulos ouvindo isto, disseram: «Dura é esta linguagem! Quem a pode ouvir?» (Jo 6, 60)]
Pior ainda: a nossa geração é cobarde, cala-se e é condescendente perante o mal. [N. 'Spe Deus': Muitos dos Seus discípulos ouvindo isto, disseram: «Dura é esta linguagem! Quem a pode ouvir?» (Jo 6, 60)]
O retrato é traçado pelo Papa, na sua recente Mensagem para a Quaresma (2012). Mas, para esta doença, Bento XVI também indica o remédio: “Prestemos atenção uns aos outros”, consideremos que a saúde não é apenas corporal, mas também da alma. E que a salvação dos outros tem a ver com a minha própria vida e salvação.
Por isso, “é um grande serviço ajudar e deixar-se ajudar”, corrigir os que erram, mas também deixar-se corrigir. Porque – todos, sem excepção – precisamos sempre de um olhar que ama, que corrige e que perdoa.
Aura Miguel in RR online
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