Alguns pensam que está organizado como uma sociedade secreta
Desde 1928 não tenho deixado de pregar que a santidade não está reservada a privilegiados, que todos os caminhos da Terra podem ser divinos, porque o cerne da espiritualidade específica do Opus Dei é a santificação do trabalho. É preciso acabar com o preconceito de que os fiéis correntes não podem senão limitar-se a ajudar o clero, em apostolados eclesiásticos; e fazer notar que, para alcançar esse fim sobrenatural, os homens têm necessidade de ser e de se sentir pessoalmente livres, com a liberdade que Jesus Cristo ganhou para nós. Para pregar e ensinar a praticar esta doutrina, nunca tive necessidade de segredo algum. Os membros da Obra detestam o segredo, porque são fiéis correntes, pessoas exactamente iguais às outras: ao entrarem para o Opus Dei não mudam de estado. Repugnar-lhes-ia trazer um letreiro nas costas que dissesse: “Reparem que estou dedicado ao serviço de Deus”. Isto não seria nem laical nem secular. Mas os conhecidos e amigos dos membros do Opus Dei sabem que eles fazem parte da Obra, porque o não dissimulam, ainda que o não apregoem.
Temas actuais do cristianismo, 34
Informar-se sobre o Opus Dei é bem simples. Em todos os países a Obra trabalha à luz do dia, juridicamente reconhecida pelas autoridades civis e eclesiásticas. São perfeitamente conhecidos os nomes dos seus directores e das suas obras apostólicas. Quem quer que deseje informações sobre a nossa Obra pode obtê-las sem dificuldade, pondo-se em contacto com os seus directores ou visitando alguma das nossas obras próprias. O meu amigo, se quiser, pode ser testemunha de que nunca nenhum dos dirigentes do Opus Dei, ou os que recebem os jornalistas, deixaram de lhes facilitar a tarefa informativa, respondendo às suas perguntas ou dando a documentação adequada.
Nem eu nem nenhum dos membros do Opus Dei pretendemos que toda a gente nos compreenda ou compartilhe connosco os mesmos ideais espirituais. Sou muito amigo da liberdade e gosto muito de que cada um siga o seu próprio caminho. Mas é evidente que temos o direito elementar de ser respeitados.
Temas actuais do cristianismo, 30
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