Nem as eleições, nem a mudança de executivo, nem a apresentação de um programa de Governo marcado pela determinação de não só cumprir mas ir mais além nos requisitos impostos pelo acordo assinado com a Troika, nem a impopularidade do imposto extraordinário sobre o rendimento. Nada, absolutamente nada evitou que a Moddys descesse, em quatro níveis, a notação de risco atribuída a Portugal para a temível designação de “lixo”.
É verdade que, de concreto, as medidas anunciadas passam sobretudo pelo novo aumento de carga fiscal enquanto os cortes de despesa se ficam ainda pelas intenções mas há muitos sinais de mudança simplesmente ignorados.
Não é novo. As agências de rating parecem insaciáveis. Já o tinham sido com a Grécia e com excepção do pequeno grupo de economistas que decidiu afrontá-las, em tribunal, acusando-as de agentes de especulação, a verdade é que assistimos à tragédia grega com indiferente passividade. Habituámo-nos à inevitabilidade de viver com elas.
O mundo global precisa destas agências que são uma espécie de sinaleiros a indicar aos investidores estrangeiros onde podem investir as respectivas poupanças ,onde devem ou não aplicá-las. A Moddys diz-lhes agora que fujam de Portugal quando mais do que nunca precisamos que venham, apostem e confiem em nós.
E fazem-no ignorando , por exemplo, que 80% dos deputados deram o seu aval ao programa de austeridade em curso. É grande aí a diferença com a Grécia. E essa é provavelmente a última cartada que podemos jogar.
Ajudam as declarações como as de Francisco Assis, ontem, aqui na Renascença. Caberá agora mais do que nunca ao Governo garantir que o PS é chamado a partilhar a responsabilidade da Governação. Há ainda duas empresas de rating por convencer, mas o tempo foge.
Não é novo. As agências de rating parecem insaciáveis. Já o tinham sido com a Grécia e com excepção do pequeno grupo de economistas que decidiu afrontá-las, em tribunal, acusando-as de agentes de especulação, a verdade é que assistimos à tragédia grega com indiferente passividade. Habituámo-nos à inevitabilidade de viver com elas.
O mundo global precisa destas agências que são uma espécie de sinaleiros a indicar aos investidores estrangeiros onde podem investir as respectivas poupanças ,onde devem ou não aplicá-las. A Moddys diz-lhes agora que fujam de Portugal quando mais do que nunca precisamos que venham, apostem e confiem em nós.
E fazem-no ignorando , por exemplo, que 80% dos deputados deram o seu aval ao programa de austeridade em curso. É grande aí a diferença com a Grécia. E essa é provavelmente a última cartada que podemos jogar.
Ajudam as declarações como as de Francisco Assis, ontem, aqui na Renascença. Caberá agora mais do que nunca ao Governo garantir que o PS é chamado a partilhar a responsabilidade da Governação. Há ainda duas empresas de rating por convencer, mas o tempo foge.
Graça Franco
Fonte: Rádio Renascença
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