O bispo de Beja está preocupado com o destino da União Europeia, na sequência dos resultados da cimeira realizada na quinta e sexta-feira em Bruxelas. “Pergunto-me a mim mesmo, que rumo iremos tomar e como irá tudo terminar. Num beco sem saída ou no endireitar dos caminhos do desenvolvimento integral para todas as pessoas da comunidade?”, questiona D. António Vitalino na sua nota semanal publicada no site da diocese alentejana. O prelado interroga se a Europa estará “a recuar” em relação ao projeto criado após a 2.ª Guerra Mundial por Robert Schuman, Alcide de Gasperi e Konrad Adenauer, “católicos convictos, conhecedores dos princípios evangélicos do perdão, da reconciliação” e da “caridade” comprometida com “o bem dos outros”. “Afinal que espírito anima os nossos atuais lideres europeus?”, pergunta o responsável, que também lembra o 63.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinalado este sábado. Depois de sublinhar que o documento tem mais de 300 traduções, D. António Vitalino pergunta “se todas as pessoas, países e sistemas de governo estão convencidos da verdade das afirmações” contidas na declaração. “Creio que muitos assinaram, para não parecer mal, tal como acontece agora com o protocolo de Kyoto (N. Spe Deus: o Canadá anunciou que se desvinculava), para evitar a poluição e o aquecimento global”, aponta o prelado na nota publicada esta segunda-feira, horas antes de o Canadá ter anunciado a retirada daquele acordo. D. António Vitalino tem “esperança” de que seja possível encontrar “uma saída para a confusão presente”, objetivo que pode ser alcançado se “os cristãos de hoje”, à semelhança dos “fundadores da comunidade europeia”, confiarem mais nas palavras dos profetas e de Cristo e a manifestarem “em palavras e obras”. RJM |
Agência Ecclesia
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