Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

«O Senhor Deus vai dar-Lhe o trono de Seu pai David; Ele reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o Seu reinado não terá fim»

«O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, uma virgem, desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria». O que é dito da casa de David não diz respeito apenas a José, mas também a Maria. Porque a Lei prescrevia que um homem se casasse com uma mulher da sua tribo e da sua estirpe, segundo o testemunho do apóstolo Paulo, que escreveu a Timóteo: «Lembra-te de Jesus Cristo, saído da estirpe de David, e ressuscitado dos mortos, segundo o meu Evangelho» (2Tim 2, 8). [...]

«Ele será grande e vai chamar-Se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-Lhe o trono de Seu pai David». O trono de David significa aqui o poder sobre o povo de Israel, que David governou no seu tempo, com um zelo pleno de fé. [...] A este povo, que David dirigiu pelo seu poder temporal, vai Cristo conduzir por uma graça espiritual para o reino eterno. [...]

«Ele reinará eternamente sobre a casa de Jacob». A casa de Jacob designa a Igreja universal que, pela fé e o testemunho rendido a Cristo, se une ao destino dos patriarcas, quer dos que tiram a sua origem carnal da sua cepa, quer dos que, nascidos pela carne de uma outra nação, são reunidos em Cristo, pelo baptismo no Espírito. É sobre esta casa de Jacob que Ele reinará eternamente: «e o Seu reinado não terá fim». Sim, Ele reina sobre ela na vida presente, quando governa o coração dos eleitos onde habita, pela sua fé e o seu amor para com Ele; e governa-os pela Sua contínua protecção, para lhes fazer chegar os dons da recompensa celeste. Ele reina no futuro, quando, uma vez terminado o estado de exílio temporal, os introduz na estadia da pátria celeste, onde eles se regozijam com a Sua presença visível que continuamente lhes lembra que não podem senão cantar os Seus louvores.



São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja
Homilias para o Advento, nº 3

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