Numa
celebração que decorreu no Estaleiro Naval de Ancona, onde o Papa chegou após
uma viagem em helicóptero desde os arredores de Roma, milhares de pessoas
reuniram-se para o final do congresso iniciado no último dia 3, sobre o tema «Senhor, a quem iremos? A Eucaristia para a
vida quotidiana».
Bento XVI apelou a “resistir à tentação do ódio e a trabalhar na sociedade, inspirando-se nos princípios da solidariedade, da justiça e da paz”.
“Muitas vezes confundimos a liberdade com a ausência de vínculos, com a convicção de podermos fazer tudo sozinhos, sem Deus, que é visto como um limite à liberdade”, assinalou.
Para o Papa, esta é “uma ilusão que não tarda a converter-se em desilusão, gerando inquietação e medo, levando, paradoxalmente, a retomar as cadeias do passado”.
Bento XVI criticou “certas ideologias” que deixaram Deus “de lado” ou que o toleram “como uma escolha privada”, referindo que “a história mostra, dramaticamente, como o objetivo de assegurar a todos desenvolvimento, bem-estar material e paz prescindindo de Deus e da sua revelação se resumiu a dar aos homens pedras em vez de pães”.
Falando numa “espiritualidade eucarística” que deve levar os católicos a estar atentos às necessidades dos outros, o Papa destacou a luta por “restituir dignidade aos dias dos homens e, por isso, ao seu trabalho”, procurando “superar a incerteza da precariedade e o problema do desemprego”.
A homilia incluiu ainda apelos por uma “renovada capacidade educativa, pronta a testemunhar os valores fundamentais da existência, do saber, do património espiritual e cultural”, bem como pela “construção de uma sociedade mais equitativa e fraterna”.
(…)
OC
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