Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mundo cedeu a «economia de casino»

Economistas ligados à Comissão Nacional Justiça e Paz propõem reforma do sistema financeiro global


A economista Manuela Silva, uma das promotoras da denúncia apresentada na justiça portuguesa contra as três maiores agências de «rating», considerou hoje que a comunidade internacional deve travar um “modelo de economia de casino”.

Num comentário publicado no blogue «Areia dos dias», do grupo «Economia e Sociedade» da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), Manuela Silva diz que “tardam decisões políticas” que travem este processo, criticando o “poder crescente (e nada democrático, diga-se) dos mercados financeiros”.

Ao longo do dia de hoje, as bolsas europeias e mundiais negociaram em terreno negativo, apesar do anúncio de uma ação mais ativa do Banco Central Europeu (BCE).

“Acho bem que os responsáveis se preocupem seriamente com o que está a suceder no sistema financeiro globalizado, e manifestamente desgovernado”, assinala Manuela Silva.

Esta responsável lembra que “uma agência de rating decidiu diminuir a classificação dos títulos de dívida dos Estados Unidos, por risco de incumprimento e existe o justo receio de que os mercados reajam, agravando, ainda mais, a periclitante situação monetária e financeira em que o Mundo se encontra”.

Na última sexta-feira, a agência de notação financeira Standard and Poor’s cortou a classificação da dívida norte-americana, pela primeira vez na história do país, alegando existirem “riscos políticos” ligados à dívida pública daquele país.

Temendo efeitos negativos desta decisão nas economias mundiais, os líderes do grupo de sete países industrializados (G7) acordaram coordenar os seus bancos centrais, enquanto o BCE reuniu telefonicamente com o G20.
A responsável do grupo «Economia e Sociedade» da CNJP, organismo laical da Conferência Episcopal Portuguesa, escreve que “de pouco valerão as soluções de tipo paliativo e os corretivos de curto prazo, se não se encarar a necessidade de uma reforma profunda de todo o sistema financeiro (e monetário) que o reposicione na rota de onde nunca deveria ter sido - o de agir como veículo ao serviço de uma economia real dirigida ao desenvolvimento e ao bem-estar das pessoas e dos povos”.

Manuel Silva cita a encíclica ‘Caritas in veritate’ (A caridade na verdade) de Bento XVI, publicada em 2009, na qual o atual Papa escrevia que “é preciso que as finanças enquanto tais — com estruturas e modalidades de funcionamento necessariamente renovadas depois da sua má utilização que prejudicou a economia real — voltem a ser um instrumento que tenha em vista a melhor produção de riqueza e o desenvolvimento”.

Do mesmo grupo, Manuel Brandão Alves refere ser necessário "regular o comportamento dos mercados financeiros, como há muito vem sendo exigido, mas que se tem tornado inviável dado que quem deveria promover a regulação, também, lucra com o comportamento que os mercados têm vindo a adotar".

"Financiar o investimento na economia real, transferindo para ela os meios financeiros obtidos por via fiscal" é outra das medidas propostas pelo professor catedrático jubilado do Instituto Superior de Economia e Gestão.
Regular o comportamento dos mercados financeiros, como há muito vem sendo exigido, mas que se tem tornado inviável dado que quem deveria promover a regulação, também, lucra com o comportamento que os mercados têm vindo a adotar;
- Financiar o investimento na economia real, transferindo para ela os meios financeiros obtidos por via fiscal;

OC
(Fonte: site Agência Ecclesia)

Sem comentários: