Estando já avançada a Primavera do ano 58, Paulo chega a Jerusalém. Pela festa do Pentecostes é preso pelas insídias das autoridades judaicas. Conduzido a Cesareia Marítima, com uma forte custódia, volta a comparecer diante do tribunal romano, onde apela para César. Depois do naufrágio chega a Roma, e ali permanece em prisão domiciliária preventiva provavelmente dois anos, do ano 61 à Primavera do ano 63, quando a sua causa é arquivada pelo tribunal de César. Durante este primeiro cativeiro escreve as cartas a Filémon, aos Colossenses, aos Efésios e, certamente, aos Filipenses, pelo que este quatro escritos costumam chamar-se as Epístolas do Cativeiro.
Filémon
Ninguém duvida da autenticidade paulina desta breve carta que envia ao cristão Filémon para que receba bem Onésimo, servo daquele, que se tinha evadido de sua casa e refugiado em Roma, onde se tinha convertido. Paulo pensa que o melhor para Onésimo é que volte a casa do amo: ambos são já irmãos no Senhor. São Paulo não propõe a abolição legal da escravatura, coisa impensável naquela época, mas a doutrina que expõe à volta do caso desfaz por completo os fundamentos de tal instituição jurídica, uma vez que estabelece a igualdade radical de todos os homens.
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 440/441)
Continua
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