A minha
vida tem de ser como a da Madre Teresa?
É uma
possibilidade. Mas as vocações são muito variadas. Nem todo o mundo deve ser uma
Madre Teresa. Também um grande cientista, um grande erudito, um músico, um simples
artesão ou um operário podem ter uma vida plena, pois são pessoas que vivem a sua
existência com honradez, lealdade e humildade... [...] Cada vida traz consigo a
sua própria vocação, tem o seu próprio código e o seu próprio caminho. Ninguém
é uma mera imitação obtida com um molde, mais um entre uma profusão de
exemplares iguais. E cada pessoa necessita também de coragem criativa para
viver a sua vida e não se converter numa cópia dos outros.
O senhor se
lembrará da parábola do servo preguiçoso, que enterra o seu talento para que
nada aconteça com ele, e compreenderá o que quero dizer. Trata-se de um homem que
se nega a assumir o risco da existência, a desfraldar toda a sua originalidade
e a expô-la às ameaças que isso necessariamente traz consigo.
(Cardeal
Ratzinger em ‘La fe, de tejas abajo’)
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