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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Papa alerta para devaneios apocalípticos

Saiba qual é o texto mais difícil dos Evangelhos, para Bento XVI

O segundo volume do livro de Bento XVI sobre «Jesus de Nazaré», hoje publicado, deixa um alerta “contra os pseudomessias e contra os devaneios apocalípticos”.

“As palavras apocalípticas de Jesus nada têm a ver com a adivinhação”, afirma o Papa, para quem os cristãos não devem “sair do presente, especular sobre o futuro, esquecer o tempo actual”, mas fazer aqui e agora o que é justo e cumpri-lo como se estivéssemos na presença de Deus”.

A atitude dos discípulos, diz depois, “não deve ser a de conjecturar sobre a história ou perscrutar o futuro desconhecido”.

No segundo capítulo da obra, Bento XVI dedica a sua reflexão ao chamado “discurso escatológico (sobre o final dos tempos, ndr) de Jesus”, com os temas centrais da destruição do templo, da destruição de Jerusalém, do Juízo Final e do fim do mundo.

O discurso corresponde, em larga medida, ao capítulo13 do Evangelho segundo Marcos e Lucas e ao capítulo 24 do Evangelho de Mateus, conjunto que, segundo o Papa, “talvez se deva classificar como o texto mais difícil em absoluto dos Evangelhos”.

“Anuncia-se um futuro que supera as nossas categorias e que, todavia, só pode ser ilustrado através de modelos tomados das nossas experiências; modelos estes que são necessariamente inadequados ao conteúdo a exprimir”, sublinha.

Bento XVI rejeita cenários catastrofistas e diz mesmo que o futuro não será “uma situação diversa daquela que já se realizou no encontro com Jesus”, retirando peso às “imagens cósmicas” do fim do mundo.

O Papa destaca que no discurso de Jesus “o horror não tem a última palavra” e escreve que “Deus deixa uma medida grande de liberdade ao mal e aos maus; apesar disso, a história não Lhe escapa das mãos”.

Esta segunda parte alude ainda à “questão sobre a missão de Israel”, admitindo os “tantos equívocos, cheios de consequências, que pesaram ao longo dos séculos neste âmbito”.

“O núcleo do vaticínio de Jesus não tem em vista as acções exteriores da guerra e da destruição, mas sim o fim em sentido histórico-salvífico do templo, que se torna «uma casa deserta»: deixa de ser o lugar da presença de Deus e da expiação para Israel, para o próprio mundo”, indica.

Bento XVI fala num “tempo dos pagãos – «o tempo da Igreja»”, que foi transmitido em todos os Evangelhos, constituindo um “elemento essencial da mensagem escatológica de Jesus”.

Outro elemento do discurso escatológico de Jesus é “a alusão às futuras perseguições dos seus”, com o Papa a afirmar que “a cruz é, e continua a ser, o sinal do «Filho do Homem»”.

“Na luta contra a mentira e a violência, a verdade e o amor não têm afinal outra arma senão o testemunho do sofrimento”, assinala.

A fé no regresso de Cristo, diz Bento XVI, “é o segundo pilar da profissão de fé cristã”, segundo a qual “a vitória do amor será a última palavra da história do mundo”.

A segunda parte de «Jesus de Nazaré» vai ser apresentada esta tarde no Vaticano, em conferência de imprensa, com a presença do cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos, e de Claudio Magris, escritor e germanista.

Toda a obra começou a ser elaborada nas férias de 2003, antes da eleição de Joseph Ratzinger como Papa.

OC

(Fonte: site Agência Ecclesia)

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