Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Vergonha e remorso

"Deveis responder [por isso] diante Deus Todo-poderoso e perante os tribunais devidamente constituídos". A frase é de Bento XVI, dirigida aos sacerdotes e religiosos que cometeram abusos sexuais de crianças, e segue-se a uma constatação não menos pesada: “Traístes a confiança depositada em vós por jovens inocentes e pelos seus pais”.

O Papa – que age, normalmente, como pai – assumiu, este fim-de-semana, na carta enviada à Igreja irlandesa, sobre a pedofilia, a pose difícil e austera do juiz. Justifica-se. O escândalo que envolve a Igreja daquele país, cúmplice na ocultação, durante décadas, de um enorme número de caso de abusos sexuais, impunha uma contrição sem precedentes e a afirmação clara de que tal encobrimento: nunca mais!

Não se espera o aplauso das vítimas. Compreende-se, como reconhece Bento XVI, que lhes seja difícil “perdoar e reconciliar-se com a Igreja”. Mas esta não é uma entidade abstracta e não se confunde com a hierarquia. É constituída pela comunidade dos crentes unidos pela mesma fé.

Não adianta alegar que a percentagem de padres pedófilos é idêntica à de outras profissões ligadas a crianças ou que na Igreja católica estes crimes não são mais frequentes do que noutras confissões. Sendo verdade, não adianta recordar que Cristo nos ensina a condenar o erro e amar os que erram.

Com o Papa, enquanto crente, junto a minha voz ao pedido de desculpas, partilhando com ele a mesma enorme vergonha e remorso.

Graça Franco

(Fonte: site Rádio Renascença)

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