Em Santiago de Compostela o Papa lamentou o laicismo agressivo que hoje, por vezes, se manifesta em Espanha. No dia seguinte, em Barcelona, essa agressividade anti-religiosa fez-se sentir, encontrando eco em alguns órgãos de comunicação social.
Bento XVI tem-se empenhado em mostrar que razão e fé são complementares e não inimigas. E o Papa é um apologista e um praticante do diálogo entre crentes e descrentes. Por isso parece estranha aquela agressividade.
Olhando a perda de peso sociológico do cristianismo na Europa, muitos previram que os ódios à religião seriam substituídos pela indiferença. Acreditar em Deus seria então visto por muitos como uma mera mania pessoal e inofensiva.
Mas a recente multiplicação de livros violentos contra a fé em Deus desmente essa previsão. O ateísmo militante, frequente há um século, regressou nos dias de hoje. É um bom sinal para a religião, apesar dos aspectos negativos da atitude. A indiferença seria bem pior. Deus mexe com o mais fundo das pessoas. A fé não é um capricho, pode até mudar o mundo. Por isso suscita tanta hostilidade.
(Fonte: site Rádio Renascença)
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