Tema em debate no encontro do Papa com cardeais de todo o mundo
Cinco bispos anglicanos da igreja da Inglaterra anunciaram s sua renúncia ao ministério nessa igreja e a sua decisão de unir-se a um ordinariato pessoal para anglicanos, em plena comunhão com a Igreja Católica.
Em comunicado, os bispos Andrew Burnham, David Silk, Edwin Barnes, John Broadhurst e Keith Newton explicam que todos eles acompanharam durante anos o processo de diálogo entre anglicanos e a Igreja Católica, iniciado após o Concílio Vaticano II, "com oração e profundo anseio".
"Ficámos consternados, nos últimos 30 anos, ao ver que anglicanos e católicos se separavam cada vez mais em algumas questões de vida diária, em particular ao ver diversas decisões em assuntos de fé e disciplina no anglicanismo, que, segundo o que acreditamos, são incompatíveis com a vocação histórica do anglicanismo e a tradição de dois mil anos da Igreja”, pode ler-se.
Em resposta ao anúncio, o primaz da Comunhão Anglicana, arcebispo Rowan Williams, da Cantuária, publicou um comunicado no qual aceitava com "pesar" as renúncias dos bispos, "que decidiram que seu futuro no ministério cristão passa pelas novas estruturas propostas pelo Vaticano".
Bento XVI, que se deslocou ao Reino Unido em Setembro, publicou em Novembro de 2009 a Constituição apostólica “Anglicanorum coetibus” sobre a instituição de Ordinariatos Pessoais para os anglicanos que entram em plena comunhão com a Igreja Católica, a quem é autorizado manter alguns aspectos da sua liturgia e património espiritual.
D. Alan Hopes, bispo auxiliar de Westminster, sede católica da capital britânica, acolheu positivamente a decisão, em comunicado emitido em nome da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales.
O episcopado católico, revelou, "está a procurar estabelecer o ordinariato" e assegura "as cordiais boas-vindas, que estendemos a todos os que queiram fazer parte dele".
Até o momento, não foi criado nenhum ordinariato para anglicanos que entram em comunhão plena com a Igreja Católica, ainda que comunidades anglicanas do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Canadá manifestaram sua intenção de unir-se à Igreja Católica.
O tema estará em discussão no encontro do Papa com cardeais de todo o mundo, marcado para o dia 19 de Novembro, no Vaticano.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
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