Quando um amigo parte para o Pai e nos fica no coração

Um amigo pelo qual nutria uma enorme empatia e carinho e em que amizade se formou e consolidou mais com gestos do que com palavras, pois em boa verdade pouco falei com ele, partiu para a Casa do Pai, que Deus Nosso Senhor me perdoe a presunção, mas estou absolutamente convicto que acolheu directamente no Seu Reino este seu filho exemplar e bom cristão.

Havia recentemente sofrido um problema sério de coração e após uma breve recuperação lá o via acompanhado carinhosamente ou pela esposa ou por uma das filhas com o seu Missal a participar na Santa Missa. Algo havia mudado no entanto, permito-me deduzir que fruto do seu conhecimento que já não estaria entre nós por muito tempo, procurava ser o primeiro a receber a Sagrada Eucaristia, como que se tivesse receio de não chegar a tempo para receber o Senhor.

Vou ter saudades daquela mão no ombro que me saudava ou da minha mão no seu ombro a saudá-lo, mas sei que fiquei a ganhar, pois em vez do gesto de carinho e das suas orações passei a ter mais um intercessor junto de Deus.

À sua Família, esposa, filhas e netos, e à sua Família Espiritual da qual de alguma forma me sinto participante manifesto a minha vizinhança e as minhas orações.

Bem-haja Dr. Margarido Correia!

João Paulo Reis