Não fazemos ideia do que é perder o emprego, sofrer limitações de cidadania ou até mesmo correr risco de vida por causa da fé. Habituados a usar a nossa liberdade sem contrariedades, soa, pois, algo estranho para os Ocidentais o lamento que os nossos irmãos do Médio Oriente têm apresentado durante o Sínodo dos bispos que decorre em Roma.
Na raiz do problema, mais do que conflito entre religiões, está uma clivagem entre liberdade religiosa e extremismo – clivagem que, infelizmente, não se verifica só nos países do Médio Oriente, uma vez que o extremismo pode ser de natureza laica.
Como bem recordou, nestes dias, o ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, a propósito da sentença contra o crucifixo em lugares públicos, também na UE começa a sentir-se uma crescente “cristianofobia”, ao nível mais concreto da vida.
E esta forma de extremismo é ainda mais perversa, porque avança disfarçada de argumentos enganadores.
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
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