Objectivo é aproveitar a experiência das instituições religiosas, na sociedade, para combater um problema que afecta 79 milhões de europeus
László Andor, Comissário Europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades, considerou as diversas instituições religiosas como “parceiras importantes na luta contra a pobreza e a exclusão social na Europa”.
O responsável marcou presença num seminário de Diálogo sobre o tema “Combate à Pobreza e à Exclusão Social na Estratégia da União Europeia para 2010”, que reuniu membros da Comissão Europeia e das diversas Igrejas.
Segundo comunicado difundido no final da iniciativa, as Igrejas, e as organizações que delas dependem “têm um conhecimento profundo da realidade das pessoas e experiência na criação de mecanismos de combate aos problemas que as afectam”.
Em resposta ao repto lançado por László Andor, o Bispo Giuseppe Merisi, presidente da Caritas Italiana, considerou que “apesar do papel das Igrejas ser diferente daquele que é desempenhado pelas instituições políticas, deverá ser estabelecida uma colaboração mais sólida entre as duas áreas, incluindo também os cidadãos e os diversos organismos sociais”.
Jukka Paarma, Arcebispo da Igreja Evangélica Luterana da Finlândia, completou esta ideia, dizendo que “as Igrejas estão prontas a partilhar as suas experiencias e conhecimentos com a CE”.
A Europa enfrenta actualmente um quadro muito negativo, ao nível económico e social. As organizações da Igreja chamaram a atenção para os grupos sociais mais vulneráveis, como as famílias, os jovens e os idosos.
A organização portuguesa “Entrajuda” esteve representada no Seminário e apresentou o seu projecto de “criação de uma corrente solidária entre aqueles que prestam ajuda e os que recebem”, um esforço que mobiliza centenas de voluntários.
No decorrer do evento, várias outras delegações apresentaram iniciativas que pretendem quebrar o ciclo da pobreza. Na Holanda, onde cerca de 8 por cento das pessoas vive em estado de pobreza, o movimento “Igreja em Acção” está a promover os direitos humanos dos mais desfavorecidos. Na Bósnia-Herzegovina, a Caritas local desenvolveu um Observatório da Pobreza.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
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