
“Não podemos ceder ao desânimo e à resignação. Nunca foi fácil educar, mas não devemos render-nos: seríamos infiéis ao mandato que o próprio Senhor nos confiou, chamando-nos a apascentar com amor o seu rebanho. Despertemos, isso sim, nas nossas comunidades, aquela paixão educativa, que não se reduz a uma didáctica, a um conjunto de técnicas e nem sequer à transmissão de princípios áridos.
Educar é formar as novas gerações para aprenderem a entrar em relação com o mundo, fortalecidos com uma memória significativa, com um património interior partilhado, com a verdadeira sapiência que, ao mesmo tempo reconhece o fim transcendente da vida, orienta o pensamento, os afectos e o juízo”.
Os jovens – observou o Papa – levam no coração uma pergunta de significado e de relações humanas autênticas, que os ajudem a não se sentirem sós perante os desafios da vida. “É desejo de um futuro, tornado menos incerto por uma companhia segura e fiável, que aborda cada um com delicadeza e respeito”.
“A vontade de promover uma renovada estação de evangelização não esconde as feridas de que está marcada a comunidade eclesial, pela debilidade e pelo pecado de alguns dos seus membros. Esta humilde e dolorosa admissão, não deve, porém, fazer-nos esquecer o serviço gratuito e apaixonado de tantos crentes, a partir dos sacerdotes. O ano especial a eles dedicado quis constituir uma oportunidade para promover a sua renovação interior, como condição para um mais incisivo empenho evangélico e ministerial”.
“O que é motivo de escândalo, deve traduzir-se para nós em apelo a uma profunda necessidade de acostumar-se de novo à penitência, de aceitar a purificação, de aprender por um lado o perdão, e por outro lado a necessidade da justiça”.
A concluir as suas palavras aos Bispos italianos, Bento XVI evocou a sua recente viagem a Portugal. Afirmando levar sempre no coração “as preocupações e expectativas de cada um” dos bispos de Itália, o Papa declarou tê-las deposto – juntamente com as de toda a humanidade – aos pés de Nossa Senhora de Fátima. E aqui o Papa pronunciou, em conclusão, a parte final da oração rezada no encontro com o clero, no dia 12 à tarde.
“Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe caríssima: Que a vossa presença faça reflorescer o deserto das nossas solidões e brilhar o sol sobre as nossas trevas, faça voltar a calma depois da tempestade, para que todo o homem veja a salvação do Senhor, que tem o nome e o rosto de Jesus, reflectida nos nossos corações, para sempre unidos ao vosso! Assim seja!
(Fonte: site Radio Vaticana)
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