João Paulo II
Encíclica «Ut unum sint», § 22
«Que todos sejam um»
Quando os cristãos rezam juntos, a meta da unidade fica mais próxima. A longa história dos cristãos, marcada por múltiplas fragmentações, parece recompor-se tendendo para a fonte da sua unidade, que é Jesus Cristo. Ele «é sempre o mesmo ontem, hoje e por toda a eternidade» (Heb 13, 8). Na comunhão de oração, Cristo está realmente presente; reza «em nós», «connosco» e «por nós». É Ele que guia a nossa oração no Espírito Consolador, que prometeu e deu à sua Igreja no Cenáculo de Jerusalém, quando a constituiu na sua unidade original.
No caminho ecuménico para a unidade, a primazia pertence, sem dúvida, à oração comum, à união orante daqueles que se congregam à volta do próprio Cristo. Se os cristãos, apesar das suas divisões, souberem unir-se cada vez mais em oração comum ao redor de Cristo, crescerá a sua consciência de como é reduzido o que os divide em comparação com aquilo que os une. Se se encontrarem sempre mais assiduamente diante de Cristo na oração, os cristãos poderão ganhar coragem para enfrentar toda a dolorosa realidade humana das divisões, e reencontrar-se-ão juntos naquela comunidade da Igreja que Cristo forma incessantemente no Espírito Santo, apesar de todas as debilidades e limitações humanas.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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