Bento XVI admitiu que o “corpo” da Igreja está "ferido" pelos “pecados” dos seus membros, numa alusão indirecta aos recentes casos de pedofilia envolvendo membros do clero.
A confirmação da referência a esses casos foi dada pelo próprio porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi.
No avião que o levou até Malta, este Sábado, o Papa deixou a certeza de que “o Senhor ama esta Igreja e o seu Evangelho é a verdadeira força que purifica e cura”.
A curta intervenção papal - Bento XVI não respondeu a perguntas, mas proferiu uma intervenção com base em pergunta escritas previamente enviadas - começou por lembrar a “nuvem escura” que cobre parte da Europa, perturbando seriamente as ligações aéreas em vários países.
Bento XVI disse que a viagem a Malta é uma ocasião para “lembrar a grande figura” do Apóstolo Paulo, que há 1950 anos ali naufragou.
“Também nós podemos pensar que os naufrágios da vida faem parte do projecto de Deus para nós e podem ser úteis para novos inícios na nossa vida”, afirmou.
A mensagem transmitida por S. Paulo no primeiro século cristão, indicou o Papa, continua a ser válida ainda hoje: “a fé, a relação com Deus, que se transforma depois em caridade”.
Bento XVI destacou a vivacidade da Igreja em Malta, “plena de fé”, que responde “aos desafios do nosso tempo”.
Num último ponto, o Papa disse que na Ilha mediterrânica é importante recordar as “correntes de refugiados que chegam de África e batem à porta da Europa”.
“Todos devemos responder a este desafio, trabalhar para que todos possam, na sua terra, viver uma vida digna e, por outro lado, fazer os possíveis para que estes refugiados encontrem aqui, onde chegam, um espaço de vida digna”, declarou
(Fonte: site Radio Vaticana)
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