Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 10 de março de 2010

22º DIA DA QUARESMA

«Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.'
Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse. Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos; e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.' O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»
Lc 15, 25-32

Regressamos à “Parábola do Filho Pródigo” e detemo-nos, onde normalmente cada um de nós, não se detém, nem reflecte, ficando “apenas” pelo perdão do Pai ao filho e o seu regresso à casa paterna, à união e amor da e na família.

Mas tudo o que está na Bíblia, está por alguma razão, e essa razão é sempre algo que no deve levar a reflectir sobre a nossa vida, interior e em comunidade, como filhos de Deus, discípulos de Cristo.

O filho mais velho, (ou o outro filho), fica magoado com o pai, porque acha que tem mais direitos, porque sempre cumpriu o que o pai lhe pedia, porque sempre esteve ao lado do pai, porque acha que nunca lhe foi agradecido esse modo de proceder, porque sente e julga que o outro filho, por ter andado afastado, não merece o mesmo que ele, e até mais, uma festa, porque acha que o pai não o deveria aceitar de volta ao convívio da família.

E nós não procedemos assim tantas vezes com aqueles que regressam à Igreja, ou com aqueles que estando em Igreja, julgamos nós que não têm uma vida em consonância com a Doutrina?
N
ão julgamos nós, porque sempre acreditámos, porque sempre rezámos, porque sempre cumprimos os preceitos, participando da Missa e dos Sacramentos, que somos ou temos mais direitos que os outros que vivem afastados?

Não criticamos nós, abertamente ou interiormente, aqueles ou aquelas, de quem sabemos coisas das suas vidas, porque, por exemplo as vemos comungar na Missa?

Não pensámos nós, em algum momento das nossas vidas, ao olhar para o lado na Igreja e vendo uma prostituta, ou um homossexual, ou um divorciado, ou divorciada, adúltero, ou adúltera, etc., o que estavam eles ou elas ali a fazer? Com que direito ali estão?

E não nos sentimos nós já incomodados, para não dizer mais, porque alguém da Igreja dá atenção a “esses” ou “essas”, parecendo-nos que seria a nós que deveriam dar atenção?

E no entanto o que Deus nos diz é muito simples: «Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.»

Alegremo-nos então por aqueles que procuram Deus, que encontram Deus, (que sempre se faz encontrado), que voltam para Deus, que querem viver na família de Deus que é a Igreja, e acolhamo-los num abraço de amor, como se fosse o próprio Deus a acolhê-los, a abraçá-los, porque é Deus que verdadeiramente o faz, servindo-se de nós.

Joaquim Mexia Alves
http://www.queeaverdade.blogspot.com/

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