À distância de meia-dúzia de cliques. Acessível a qualquer cidadão. Do mais simples estudante ao mais curioso dos jornalistas, passando pelo mais prestigiado dos académicos. Derrubando a barreira da linguagem própria dos economistas.
Convertendo em segundos os velhos escudos em novos euros, permitindo calcular o verdadeiro poder de compra associado ao salário mínimo de 74 ou à pensão média dos anos 80.
Queremos saber quantos somos? Se nascemos, ou morremos mais? Com que idade nos casávamos nos anos 60 e nos casamos agora? Quanto aumenta a nossa dívida pública no espaço de tempo em que tomamos o pequeno-almoço? Basta clicar.
Milhões de dados estatísticos estão, desde ontem, disponíveis a cada um de nós. Gratuitamente. Cinquenta anos de história que passam em revista os principais temas da nossa sociedade.
Dados que permitem tirar o retrato exacto de múltiplos sectores. Temos hoje muito mais juízes e cada um despacha metade dos processos dos colegas antepassados? É a partir de constatações, como esta, que vamos poder passar a discutir. Cientes da verdade dos factos, para que ela reforce a liberdade das nossas opiniões.
Os primeiros nove meses de trabalho da equipa liderada por António Barreto e Maria João Valente Rosa, na Fundação Francisco Manuel dos Santos, já valeram a pena. A Pordata, assim se chama a nova base de dados não é apenas verdadeiro serviço público. É muito mais do que isso. Um serviço prestado à qualidade da nossa democracia.
Os dados estão aí. Basta agora olhar para eles e cumprir o desejo de Alexandre Soares dos Santos, o empresário mecenas: fazer com que o país queira analisá-los … “e pare, finalmente, para pensar!”.
Graça Franco
(Fonte: site Rádio Renascença)
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