Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 14 de junho de 2009

Saibamos imitar a bondade e caridade de Abraão e assim estaremos mais próximos do Reino do Senhor

«Abraão era muito rico», diz-nos a Escritura (Gn 13, 2). [...] Abraão, meus irmãos, não era rico devido a si próprio, mas devido aos pobres; em vez de guardar para si a sua fortuna, propôs-se partilhá-la. [...] Este homem, ele próprio estrangeiro, não cessou de tudo fazer para que o estrangeiro deixasse de se sentir estrangeiro. Vivendo dentro da tenda, não podia suportar que alguém passasse sem abrigo. Perpétuo viajante, acolhia sempre os hóspedes que apareciam. [...] Em vez de repousar sobre a generosidade de Deus, sabia-se chamado a reparti-la: usava-a para defender os oprimidos, para libertar os prisioneiros, ou mesmo para arrancar ao seu destino homens que iam morrer (Gn 14, 14). [...] Na presença do estrangeiro que recebe (Gn 18, 1ss.), Abraão não se senta, permanece de pé. Não é conviva do seu hóspede, faz-se seu servidor; esquece que na sua casa é ele o senhor, traz ele próprio o alimento e, preocupado com uma preparação cuidada, pede ajuda à sua mulher. Para si próprio, entrega-se inteiramente aos seus empregados, mas para o estrangeiro que recebe, pensa que vale a pena confiá-lo à sabedoria da sua esposa.

Que direi ainda, meus irmãos? É uma delicadeza tão perfeita... que atraiu o próprio Deus para a casa de Abraão, que O forçou a ser seu hóspede. Assim veio a Abraão, repouso dos pobres, refúgio dos estrangeiros, Aquele que, mais tarde, haveria de dizer-Se acolhido na pessoa do pobre e do estrangeiro: «Tive fome, disse Ele, e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; fui estrangeiro e recebestes-Me» (Mt 25, 35).

E lemos ainda no Evangelho: «O pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão». Não é natural, meus irmãos, que Abraão, até no seu repouso, acolha todos os santos, e que até na sua beatitude se ocupe do seu serviço de hospitalidade? [...] Sem dúvida alguma, não se poderia sentir plenamente feliz se, mesmo na glória, não continuasse a exercer o seu ministério de partilha.



(Sermão 122, sobre o rico e Lázaro - São Pedro Crisólogo)

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