A conferência de Copenhaga sobre o clima será considerada um sucesso ou uma falência consoante os empenhos que forem assumidos pelos governos, sobretudo dos países mais poderosos e maiores - afirma o director da Sala de Imprensa da Santa Sé Padre Federico Lombardi.
Serão apresentados números mágicos sobre as reduções das emissões de gazes nocivos e sobre os financiamentos que terão de ser encontrados - afirma Padre Lombardi num editorial na Rádio Vaticano. Mas no fim, tudo dependerá da soma dos comportamentos de todos nós, habitantes da terra, demasiado habituados a pensar que somos espertos a descarregar cada um de nós sobre os outros as nossas responsabilidades.
Bento XVI na sua última Encíclica falou justamente de novos estilos de vida e recordou que o sistema ecológico está em pé apoiando-se numa boa relação do homem com a natureza, mas também com os seus semelhantes. Em Copenhaga discute-se um problema que é também nosso. Há tempos atrás – acrescenta Padre Federico Lombardi – as preocupações ambientais e climáticas a muitos pareciam um luxo. Preocupações dos ricos. Outros eram os problemas dos pobres que deviam sobreviver e satisfazer as necessidades primárias. Depois compreendemos que as coisas eram muito diferentes. Quando há uma seca, ou se verificam catástrofes ambientais, os pobres são os primeiros a sofrer e a morrer .Quem está em lugares mais seguros ou possui mais recursos para se nutrir ou proteger pode superar melhor o piorar das condições ambientais. Portanto é para todos mas em primeiro lugar para os pobres, que devemos cuidar do estado de saúde do planeta”.- conclui o editorial do director da Sala de imprensa da Santa Sé P. Federico Lombardi.
(Fonte: site Radio Vaticana)
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