No estado de Washington, 138 000 cidadãos assinaram um pedido para submeter à votação popular nas eleições locais de Novembro uma iniciativa para proteger o casamento entre um homem e uma mulher, e para rejeitar a lei estatal que reconhece juridicamente casais do mesmo sexo. É prática comum aproveitar a altura das eleições para decidir também assuntos controversos como este. No entanto, esta iniciativa foi muito mal aceite pelo lobby gay, que, no intuito de intimidar os promotores, exigiu que se publicassem os seus nomes.
Os norte-americanos dizem-se defensores do debate leal e aberto, mas quando se trata do casamento homossexual, parece que alguns dos seus partidários preferem intimidar os críticos.
Um tribunal de segunda instância declarou que a lista com os nomes e domicílios dos assinantes devia ser tornada pública. No entanto, o juiz do Supremo Tribunal norte-americano Anthony Kennedy, rejeitou a decisão desse órgão inferior, para defender a liberdade de expressão dos assinantes que podiam sentir-se intimidados por pressões.
De facto havia motivos reais para não se correr este risco. Bastaria recordar a reacção do lobby gay contra pessoas e instituições que na Califórnia apoiaram a chamada Proposition 8, pela qual em Novembro de 2008 se adoptou uma emenda na Constituição do Estado reservando o matrimónio para casais de homem e mulher.
"Os norte-americanos dizem-se defensores do debate leal e aberto, mas quando se trata do casamento homossexual, parece que alguns dos seus partidários preferem intimidar os críticos", como se vê no artigo do Wall Street Journal (20-10-2009) que informa sobre este assunto. Refere o caso concreto de vários californianos que contribuíram para o financiamento da famosa campanha da Proposition 8. Alguns deles, como por exemplo, Richard Raddon, director do Festival de Cinema de Los Angeles (a nível estatal), foi forçado a demitir-se; Scott Eckern, director artístico do California Musical Theater, foi obrigado a renunciar ao contributo a que já se tinha comprometido, por pressão do lobby homossexual. Houve casos de telefonemas a boicotar iniciativas ou a manifestar-se contra instituições. O perigo de intimidação e assédio é real, e assim o considerou o juiz Kennedy.
O ex-director de United States Census Bureau Bruce Chapman afirmou que a publicação dos nomes poderia prejudicar a democracia: "Não revelamos os votos dos eleitores, nem dos jurados, e os dados do Recenseamento mantêm-se secretos durante 70 anos"; o mesmo se deve fazer com as petições de iniciativa popular.
Crimes violentos motivados pela orientação sexual
No entanto, a agenda gay deu um passo em frente noutro aspecto. Obama ratificou a lei que equipara os crimes violentos por motivos de género, preferência sexual ou deficiência com os que são devidos a problemas de raça, etnia ou religião. Isto é, os crimes manifestamente provocados pela orientação sexual passam a ser punidos pela histórica lei federal de crimes de ódio, de 1969. A lei refere-se só a "actos violentos" motivados pelas características da vítima, mas não faz referências específicas a ofensas verbais. A verdade é que já existia esse tipo de leis em mais de metade dos EUA.
Com esta medida Obama contenta as organizações gay que se têm queixado de que o novo presidente não se apressou a modificar a legislação que eles se negam a aceitar. Em concreto, pedem que se mude no Exército a regra "não perguntar, não dizer", que impede a admissão nas Forças Armadas de quem declarar abertamente a sua homossexualidade, e que se reconheça o casamento homossexual, actualmente proibido na grande maioria dos estados.
(Fonte: site Aceprensa)
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