Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Tempos de risco

O pior resultado dos últimos 26 anos. Ao dizer isto dos números do desemprego, ontem conhecidos, está tudo dito? Não está.

O disparo do desemprego para 9,7% no terceiro trimestre é mais grave do que isso. Não só porque representa um ritmo de subida surpreendente numa fase que se crê de abrandamento da crise, mas porque se traduz numa destruição de emprego de mais de 210 mil postos de trabalho em escassos quinze meses.

Mas há pior. Nas estatísticas do INE, não se reflectem os que já desistiram de procurar emprego (a que o INE chama “inactivos disponíveis”). Somemos esses aos 548 mil desempregados registados e o exército dos sem emprego sobe para 670 mil, enquanto a taxa de desemprego “real” salta para 11,7%, muito acima dos dois dígitos.

Claro que ainda estamos longe dos 19% de Espanha, mas não nos podemos iludir. Portugal nunca conseguiria suportar, sem convulsões sociais gravíssimas, o desemprego a esses níveis. E eis-nos chegados ao ponto: é muito difícil saber qual o limite de desemprego suportável sem esse tipo de convulsões. E é bom não esquecer que são sobretudo elas que abrem caminho a todo o tipo de soluções populistas e totalitárias, contra as quais a nossa frágil democracia não está vacinada.

Neste quadro, a revisão em alta das previsões económicas do Banco de Portugal dão-nos algum alento? Pelo contrário. Longe do terramoto das quedas de 5% e de 6% que afectam outros parceiros, Portugal cairá este ano abaixo dos 3%. Mas, a anemia económica, em que há uma década nos encontramos, deixou-nos num estado de exaustão absoluta. Basta um abanão e o nosso tecido produtivo cai como castelo de cartas.

Graça Franco


(Fonte: site Rádio Renascença)

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