Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 3 de outubro de 2009

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Cardeal John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo
Meditations and Devotions : Part III, 2, 2 «Our Lord refuses sympathy» (a partir de trad. francesa do original inglês)

«Muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes»

Poder-se-á dizer que a partilha profunda dos sentimentos é uma lei eterna, porque ela tem significado, ou melhor, tem cumprimento, de forma primordial, no amor recíproco e indizível da Trindade. Deus, infinitamente uno, foi também sempre três pessoas. Desde sempre, Deus exulta no Filho e no Espírito, e Eles n'Ele [...]. Quando o Filho Se fez carne, viveu durante trinta anos com Maria e José, formando assim uma imagem da Trindade na terra. [...]

Mas convinha que Aquele que havia de ser o verdadeiro Grande Sacerdote, e de exercer esse ministério para toda a raça humana, estivesse livre de laços e de sentimentos. Tal como se dissera antigamente que Melquisedec não tinha pai nem mãe (He 7, 3). [...] Abandonar a mãe, gesto que Ele torna plenamente significativo em Caná (Jo 2, 4), era portanto o primeiro passo solene necessário ao cumprimento da salvação do mundo [...]. Jesus renunciou não só a Maria e a José, mas também aos amigos secretos. Quando chegou o Seu tempo, teve de renunciar a todos eles.

Mas podemos supor que Ele estava em comunhão com os santos patriarcas que haviam preparado e profetizado a Sua vinda. Numa ocasião solene, vimo-Lo a falar durante toda a noite com Moisés e Elias sobre a Paixão. Que visão, que pensamentos nos são então abertos acerca da pessoa de Jesus, de Quem tão pouco sabemos! Quando Ele passava noites inteiras em oração [...], quem melhor poderia apoiar o Senhor e dar-Lhe força do que essa «multidão admirável» de profetas de quem Ele era o modelo e o cumprimento ? Ele podia pois falar com Abraão, que exultara pensando que tinha visto o Seu dia (Jo 8, 56), e com Moisés [...], ou com David e Jeremias, que tão particularmente O tinham prefigurado, ou com os que mais tinham falado com Ele, como Isaías e Daniel. Encontrava nestes um fundo de grande simpatia. Quando foi para Jerusalém, para o sofrimento último, todos os santos padres da antiga aliança, cujos sacrifícios prefiguravam o Seu, vieram invisivelmente ao Seu encontro.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Sem comentários: