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quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Bento XVI recorda a violência nazi a actuação de Pio XII na II Guerra Mundial
O Papa Bento XVI lembrou hoje a violência contra o povo judeu desencadeada pela Segunda Guerra Mundial ao participar de um concerto que celebrou os 70 anos do início do conflito.
Num breve discurso feito no evento, intitulado "Jovens Contra a Guerra" e realizado no Vaticano, o Pontífice disse esperar que o movimento ecuménico surgido daquele período contribua para a construção da paz, "operando junto com os judeus e todos os fiéis".
"A guerra, desejada pelo nazismo, atingiu muitas populações inocentes da Europa e de outros continentes", observou o líder católico.
Bento XVI recordou "o drama da Shoah [Holocausto], que feriu sobretudo o povo judeu, vítima de um extermínio programado". Além disso, destacou a actuação do Papa Pio XII, que na época lançou um apelo "à racionalidade e à paz" e contra a guerra e o Holocausto.
"Aqui em Roma ressoou a aflita voz do meu venerado predecessor Pio XII", enfatizou Bento XVI, acrescentando que "ninguém, infelizmente, conseguiu parar aquela enorme catástrofe".
O Papa lembrou assim a famosa mensagem enviada por Pio XII pelo rádio em 1939, pouco antes do início da guerra. "Prevaleceu a inexorável lógica do egoísmo e da violência", enfatizou.
O pontificado de Pio XII teve início em Março de 1939 e foi encerrado em Outubro de 1958, quando ele faleceu. Ainda hoje, sua actuação durante a Segunda Guerra, e o suposto silêncio que manteve ante a perseguição aos judeus, é motivo de intensas discussões.
Bento XVI afirmou ainda que "a Europa e o mundo inteiro têm sede de liberdade e paz", e que por isso "é preciso construir juntos a verdadeira civilização, que não seja baseada na força".
Segundo ele, esta civilização dever ser "fruto da vitória sobre nós mesmos, sobre as potências da injustiça, do egoísmo e do ódio, que podem chegar a desfigurar o homem".
Também participou do concerto o Presidente da Itália, Giorgio Napolitano, que comentou a decisão da Corte Constitucional de seu país de revogar o Laudo Alfano, lei que conferia imunidade judicial a ele, ao primeiro-ministro Silvio Berlusconi e aos titulares da Câmara dos Deputados e do Senado.
"Passei por muitos momentos difíceis, e superaremos também este", disse Napolitano, respondendo a perguntas dos jornalistas na saída do concerto.
(Fonte: ANSA)
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