A liberdade religiosa não significa indiferentismo religioso, nem implica que todas as religiões sejam iguais[133]. Para a construção da comunidade social no respeito do bem comum, torna-se necessário, sobretudo para quem exerce o poder político, o discernimento sobre o contributo das culturas e das religiões. Tal discernimento deverá basear-se sobre o critério da caridade e da verdade. Dado que está em jogo o desenvolvimento das pessoas e dos povos, aquele há-de ter em conta a possibilidade de emancipação e de inclusão na perspectiva de uma comunidade humana verdadeiramente universal.
[133] Cf. Congr. para a Doutrina da Fé, Decl. sobre a unicidade e universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja Dominus Iesus (6 de Agosto 2000), 22: AAS 92 (2000), 763-764; Nota doutrinal sobre algumas questões relativas à participação e ao comportamento dos católicos na vida política (24 de Novembro de 2002) 8: L'Osservatore Romano (ed. portuguesa de 25/I/2005), 11.
Caritas in veritate [55 (b)] – Bento XVI
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