Bento XVI visitou esta Quarta-feira o campo de refugiados de Aida, entre as cidades de Belém e Beit Jala, na Cisjordânia, tendo condenado o muro construído por Israel, que isolou a população local.
Foi precisamente com este muro como pano de fundo que o Papa considerou “trágico que ainda hoje sejam erigidos muros” num mundo em que as fronteiras estão cada vez mais abertas.
No seu discurso, Bento XVI começou por exprimir desde logo a sua “solidariedade a todos os palestinianos deslocados (“sem pátria”) que aguardam poder regressar às suas terras de origem, ou viver de modo permanente numa pátria que seja sua”. Não faltou também uma palavra de reconhecimento ao pessoal das Nações Unidas e a tantas organizações, nomeadamente católicas, que prestam assistência humanitária aos refugiados.
Aos jovens, o Papa pediu-lhes que “se preparem seriamente para aqueles tempos em que, num futuro, se vierem a tornar responsáveis pelas questões do Povo palestiniano. E exortou pais e famílias a apoiarem os filhos nos estudos, desenvolvendo os dons que revelarem, para que possam ser pessoal qualificado na futura Comunidade palestiniana. “Sei que muitas das vossas famílias se encontram divididas – pela detenção de membros da família, ou pela restrição da liberdade de movimentos – e muitos de vós têm experimentado lutos no curso das hostilidades”. Bento XVI assegurou a sua participação cordial a todos estes sofrimentos, assegurando a sua oração a “todos os refugiados palestinianos através do mundo, especialmente os que perderam as suas casas e entes queridos no recente conflito em Gaza”.
“Vós viveis agora em condições precárias e difíceis, com limitadas possibilidades de encontrar um emprego. Compreende-se que vos sentais muitas vezes frustrados. Permanecem por satisfzer as vossas legítimas aspirações a um alojamento estável, a um Estado palestiniano independente”.
Denunciando a “espiral de violência, de ataques e contra-ataques, vinganças e contínuas destruições” em que se encontra apanhada a população palestiniana, Bento XVI sublinhou que todo o mundo deseja que se quebre esta espiral, aspirando por uma paz que ponha termo às hostilidades”. E foi neste contexto que o Papa aludiu ao Muro edificado por Israel – que bem manifesta, observou, o “ponto morto em que se encontra os contactos entre israelitas e palestinianos”.
“Num mundo em que cada vez mais se abrem as fronteiras – ao comércio, às viagens, à mobilidade das pessoas, aos intercâmbios culturais – é trágico ver que se continuam a construir muros. Quanto aspiramos a ver os frutos da bem mais difícil tarefa de edificar a paz! Quão ardentemente rezamos para que terminem as hostilidades que causaram o surgir deste muro!”
“De ambos os lados do muro, é preciso muita coragem para superar o medo e a desconfiança, para se poder resistir à necessidade de vingança pelos lutos e danos” – advertiu o Papa. “Requer-se magnanimidade para procurar a reconciliação após anos de recontros armados. A história ensina-nos que só se chega á paz quando as partes em conflito se dispõem a ultrapassar as recriminações e a colaborar, tomando a sério os interesses e preocupações dos outros e procurando mesmo construir uma atmosfera de confiança. É preciso grande determinação para empreender iniciativas fortes e criativas para a reconciliação. Se cada um insiste em concessões preliminares da parte do outro, o resultado será forçosamente o impasse”.
“A ajuda humanitária, como a que é assegurada neste campo, é essencial, mas a solução a longo prazo para um conflito destes só pode ser uma solução política. Ninguém espera que palestinianos e israelitas consigam chegar sozinhos a uma solução. È vital o apoio da comunidade internacional”.
O Papa renovou pois o seu “apelo a todas as partes envolvidas para que exerçam a sua influência a favor de uma solução justa e duradoura, no respeito das legítimas exigências de todas as partes e reconhecendo-lhes o direito a viverem em paz e dignidade, segundo o direito internacional”.
E Bento XVI concluiu fazendo votos de paz, nas casas, nas famílias, nos corações.
“Continuo a rezar para que as partes em conflito nestas terras consigam ter a coragem e a imaginação para enfrentar o exigente mas indispensável caminho da reconciliação. Que a paz volte a florescer nestas terras! Deus abençoe o seu povo com a paz” filhos nos estudos, desenvolvendo os dons que revelarem, para que possam ser pessoal qualificado na futura Comunidade palestiniana.
“Sei que muitas das vossas famílias se encontram divididas – pela detenção de membros da família, ou pela restrição da liberdade de movimentos – e muitos de vós têm experimentado lutos no curso das hostilidades”. Bento XVI assegurou a sua participação cordial a todos estes sofrimentos, assegurando a sua oração a “todos os refugiados palestinianos através do mundo, especialmente os que perderam as suas casas e entes queridos no recente conflito em Gaza”.
“Vós viveis agora em condições precárias e difíceis, com limitadas possibilidades de encontrar um emprego. Compreende-se que vos sentais muitas vezes frustrados. Permanecem por satisfazer as vossas legítimas aspirações a um alojamento estável, a um Estado palestiniano independente”.
Denunciando a “espiral de violência, de ataques e contra-ataques, vinganças e contínuas destruições” em que se encontra apanhada a população palestiniana, Bento XVI sublinhou que todo o mundo deseja que se quebre esta espiral, aspirando por uma paz que ponha termo às hostilidades”. E foi neste contexto que o Papa aludiu ao Muro edificado por Israel – que bem manifesta, observou, o “ponto morto em que se encontra os contactos entre israelitas e palestinianos”.
“Num mundo em que cada vez mais se abrem as fronteiras – ao comércio, às viagens, à mobilidade das pessoas, aos intercâmbios culturais – é trágico ver que se continuam a construir muros. Quanto aspiramos a ver os frutos da bem mais difícil tarefa de edificar a paz! Quão ardentemente rezamos para que terminem as hostilidades que causaram o surgir deste muro!”
“De ambos os lados do muro, é preciso muita coragem para superar o medo e a desconfiança, para se poder resistir à necessidade de vingança pelos lutos e danos” – advertiu o Papa. “Requer-se magnanimidade para procurar a reconciliação após anos de recontros armados. A história ensina-nos que só se chega á paz quando as partes em conflito se dispõem a ultrapassar as recriminações e a colaborar, tomando a sério os interesses e preocupações dos outros e procurando mesmo construir uma atmosfera de confiança. É preciso grande determinação para empreender iniciativas fortes e criativas para a reconciliação. Se cada um insiste em concessões preliminares da parte do outro, o resultado será forçosamente o impasse”.
“A ajuda humanitária, como a que é assegurada neste campo, é essencial, mas a solução a longo prazo para um conflito destes só pode ser uma solução política. Ninguém espera que palestinianos e israelitas consigam chegar sozinhos a uma solução. È vital o apoio da comunidade internacional”.
O Papa renovou pois o seu “apelo a todas as partes envolvidas para que exerçam a sua influência a favor de uma solução justa e duradoura, no respeito das legítimas exigências de todas as partes e reconhecendo-lhes o direito a viverem em paz e dignidade, segundo o direito internacional”.
Evocado, neste contexto, o exemplo de São Francisco de Assis e a oração que lhe é atribuída: Senhor, fazei de mim um instrumento da tua paz: onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver ofensa, que eu leve o perdão; onde houver trevas, que eu leve a luz; onde houver tristeza, leve a alegria”.
E Bento XVI concluiu fazendo votos de paz, nas casas, nas famílias, nos corações.
“Continuo a rezar para que as partes em conflito nestas terras consigam ter a coragem e a imaginação para enfrentar o exigente mas indispensável caminho da reconciliação. Que a paz volte a florescer nestas terras! Deus abençoe o seu povo com a paz”
(Fonte: site Radio Vaticana)
Sem comentários:
Enviar um comentário