Ao reler a parábola de Jesus Cristo, talvez aquela que mais me comove nas Sagradas Escrituras, não querendo desvalorizar narrativas muito belas de actos de amor profundo do Antigo Testamento, parece-me que muitos dos destinatários da recente carta do Santo Padre, não foram capazes de ter a alegria e a compaixão de acolher, o convite à reconciliação e regresso ao seio da Igreja, aos seus irmãos que haviam partido em 1988.
Diz-nos o Papa na sua carta referindo-se à comunidade em causa: “Em abono da verdade, devo acrescentar que também recebi uma série de comoventes testemunhos de gratidão, nos quais se vislumbrava uma abertura dos corações”, ora, Bento XVI não fez mais que o lindíssimo gesto do Pai da parábola ao abrir a porta ao seu regresso, mas também na sua carta aos Bispos, assume a atitude de Pastor e idêntica à do Pai quando responde ao filho mais velho “Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos” (Lc. 15, 32).
Saibamos pois não nos precipitar no nossos julgamentos e em particular desse extraordinário e bom filho de Deus Nosso Senhor que é Bento XVI.
Peçamos à nossa Mãe, a Virgem Santíssima, que pela sua intercessão todos os destinatários da carta a tenham sabido interpretar e num gesto de humildade, os que se permitiram em palavras, gestos ou pensamentos, pôr em causa as verdadeiras intenções do Santo Padre, reconheçam o erro cometido.
(JPR)
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