Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Os equívocos de Inês Pedrosa

A escritora na edição de 28 de Fevereiro do hebdomadário “Expresso” disserta com uma longa lista de clichés em defesa do denominando “casamento” homossexual (fonte: http://vaocombate.blogspot.com/2009/02/cronica-feminina-ines-pedrosa-na-edicao.html ), valha-nos uma coisa, não se diz católica, ainda que do alto da sua soberba se permita ser porta-voz da vontade de Deus, “pobre” Hans Urs von Balthasar perante tão ilustre “teóloga”.

Intelectualmente é desonesta e desvirtua o sentido das palavras de Maria José Nogueira Pinto, tema que me abstenho aprofundar, pois a visada não precisa de defensores oficiais, mas fica o registo da falta de lisura intelectual.

Pobre defensora, têm os homossexuais na articulista, quando os trata como ignorantes, pois nem contempla a hipótese testamentária, e demagogicamente os transforma em meras parte de um contrato que desejam ver celebrado, além de deixar implícito, na sua turvada visão, que os católicos não são nem humanos nem cristãos e que estaria neles a origem de todos os males que sucedem aos bens patrimoniais dos homossexuais.

Revela ainda um total ignorância sobre o sentido da castidade e do celibato, transformando aqueles que por amor a Deus e à sua Igreja fazem tal opção, mas que nem por isso ficam assexuados ou eunucos. A articulista, mais uma vez desonestamente, omite tal facto e pretende vedar-lhes a liberdade de se pronunciarem, ou seja, veste a pele normalmente vestida pelos censores.

Aos casados por amor a Deus e à sua mulher ou marido, consoante for caso, numa total ignorância, rotula-os ou, no mínimo, insinua, que serão meros procriadores, vê-se bem que quando diz ter sido católica não leu o Catecismo da Igreja Católica, nomeadamente § 2360 «A sexualidade ordena-se para o amor conjugal do homem e da mulher. No matrimónio, a intimidade corporal dos esposos torna-se sinal e penhor de comunhão espiritual. Entre os baptizados, os laços do matrimónio são santificados pelo sacramento».

Curiosa é também, a sua lembrança que vivemos numa sociedade laica, arvorando-se como grande defensora da liberdade, esquecendo-se porém, de conceder aos nubentes o direito a optar com toda a liberdade pela indissolubilidade do casamento, resume-se tudo ao cifrão, pode-se casar com separação total de bens, com comunhão total, com comunhão de adquiridos, mas o direito à opção, pelo matrimónio até à morte, nem se fala.

Termina, uma vez mais com uma falsidade, ou seja, como se a poligamia não existisse em ambos os sentidos.

Para a articulista a vida resume-se a “Carpe diem!” (Horácio, Odes 1,11) , é por essas e por outras, que Jesus Cristo disse “É por isso que lhes falo em parábolas: pois vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender” (…) “Porque o coração deste povo tornou-se duro, e duros também os seus ouvidos; fecharam os olhos, não fossem ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, compreender com o coração, e converter-se, para Eu os curar” (Mat. 13, 13 e 15).

A articulista, ainda que com um sentido completamente diverso ao anteriormente dado, agora significando, não percas o teu tempo, merece-me a partir deste momento um só comentário, “Carpe diem!” (Horácio, Odes 1,11).


(JPR)

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