Bento XVI acaba de escrever uma carta sobre o levantamento da excomunhão dos bispos lefebvrianos.
Trata-se de um documento corajoso e humilde, pela lucidez do seu diagnóstico e frontalidade com que reconhece erros e divisões internas.
Gostaria de sublinhar uma passagem dessa carta que serve de exame de consciência aos críticos mais acérrimos do Papa. Passo a citar: “Às vezes fica-se com a impressão de que a nossa sociedade precisa pelo menos de um grupo ao qual não se concede qualquer tolerância e contra o qual é possível arremeter com ódio”. (leia-se, neste caso, os lefebvrianos) E quando alguém ousa aproximar-se deles – o Papa neste caso – perde também o direito à tolerância e pode igualmente ser tratado com ódio, sem temor nem decência”.
Ora, vivemos hoje, infelizmente, como no tempo de São Paulo, em que os Gálatas se mordiam e devoravam mutuamente, porque abusavam da liberdade como pretexto para viver no pecado… Escreve Bento XVI: “Este morder e devorar existe também hoje na Igreja como expressão de uma liberdade mal interpretada”.
Então, o que há a fazer? Aprender sempre, de novo, duas coisas, diz o Papa: usar correctamente a liberdade e dar prioridade suprema ao amor.
Aceitemos o desafio.
Aura Miguel
(Fonte: site RR)
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