O Cardeal-Patriarca de Lisboa lamentou que hoje se viva num “ambiente cultural” que “permite agressões destruidoras nessa biodiversidade e legaliza destruições da vida humana, tanto no seu início no seio materno, como na fase terminal da existência terrena”.
“Proclamam-se, solenemente, os direitos do homem e a sua dignidade, mas pactua-se, tolera-se ou promove-se mesmo a violação contínua desses direitos”, disse este Domingo, na Sé Patriarcal, durante a quarta catequese quaresmal, dedicada ao tema “A Palavra e a Vida”. Segundo D. José Policarpo, na sociedade actual “não se é capaz de integrar harmonicamente na compreensão da vida, a sua grandeza e a sua precariedade e o sofrimento aparece incompatível com uma certa compreensão da felicidade”.
O Cardeal contrapôs a este estado de coisas as convicções profundas dos cristãos, para quem tudo parte “da Palavra de Deus, que nos revela e nos comunica a vida, que nos convida a enquadrar a nossa existência presente no horizonte alargado da sua plenitude e da sua verdade definitiva. Só assim poderemos influenciar uma cultura da vida comum a toda a sociedade”.
“Devemos partilhar a vida, porque na sua fonte divina ela é dom e partilha. Para nós cristãos, viver na fidelidade é sermos fiéis a Jesus Cristo”, acrescentou.
Para D. José Policarpo, “se Deus é a fonte da vida, nós aspiramos à plenitude e à eternidade. Participamos na vida divina, que se tornou próxima da nossa realidade em Jesus Cristo e vivemos ao ritmo da vida em Deus”.
“A vida humana deixa de ser um fenómeno, analisado pela ciência, circunscrito no tempo, reduzido às nossas capacidades de viver. A nossa vida é a mesma de Deus, dom contínuo do Espírito de Cristo ressuscitado. É em Deus que a nossa vida adquire a dimensão da eternidade”, apontou.
(Fonte: site Radio Vaticana)
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