Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 24 de março de 2009

Alguns lugares-chave da vida das sociedades africanas (3)

3. A área sociocultural

30. Os povos africanos mantêm, em numerosas regiões do continente, um amor profundo pela sua cultura. Os artistas, os músicos, os escultores, etc., dão largas ao seu génio por meio de obras cada vez mais reconhecidas. Reconhecemos que o enraizamento cultural condiciona o desenvolvimento integral dos indivíduos e das colectividades. Assim, homens e mulheres do continente se associam para promover a herança cultural do seu território. Alguns Estados empenharam-se nisso com resolução. Será que estas acções concertadas permitirão salvaguardar os valores africanos autênticos de respeito pelos anciãos, de respeito pela mulher como mãe, da cultura da solidariedade, da ajuda recíproca e da hospitalidade, da unidade, do respeito pela vida, da honestidade e da verdade, da palavra dada, etc., ameaçadas por valores oriundos de outros continentes e difundidos através do fenómeno da globalização?


31. A desfiguração da identidade cultural conduziu a um desequilíbrio interior das pessoas que se manifesta no relaxamento moral, na corrupção e materialismo, na destruição do casamento autêntico e da noção de uma família sadia, no esquecimento das pessoas idosas e na negação da infância. Uma cultura da violência, da divisão, do guerrilheiro-herói instalou-se na sequência dos conflitos armados. Parece que um processo organizado de destruição da identidade africana esteja em marcha sob o pretexto da modernidade. E essa será tanto mais eficaz quanto mais o analfabetismo se mantiver, devido ao fraco investimento na educação pelos poderes públicos. A educação da juventude é, assim, abandonada à influência dos anti-valores propagados pelos mass media, por certos políticos e outras figuras públicas.


32. Certas crenças e práticas negativas das culturas africanas exigem, todavia, uma vigilância particular: a feitiçaria dilacera as sociedades rurais e urbanas e, em nome da cultura ou da tradição ancestral, a mulher torna-se uma vitima dos preceitos em matéria de herança e dos ritos de viuvez, da mutilação sexual, do casamento forçado, da poligamia, etc.


33. É nestas diferentes áreas que as Igrejas particulares se sentem interpeladas e esperam tanto do discernimento dos Padres sinodais à luz da Revelação.


INSTRUMENTUM LABORIS II, 2, 30-32


(Fonte: site da Santa Sé)

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