O nome de António Barreto é um garante do rigor científico de um trabalho que não seguirá nenhuma orientação política determinada, mas não se ficará pelos diagnósticos e não terá medo de arriscar apontar caminhos para fazer melhor.
É uma boa notícia. Provavelmente a melhor dos últimos meses. A família Soares dos Santos, dona do grupo Jerónimo Martins, decidiu que chegou o tempo de agradecer ao país que os ajudou a criar a respectiva riqueza devolvendo parte dela à Sociedade. É um gesto comum em culturas como as da América ou as do Norte da Europa, mas infelizmente, ainda muito raro em Portugal.
Alexandre Soares dos Santos anunciou esta semana a criação de uma Fundação que terá o nome do seu avô: Francisco Manuel dos Santos, o empresário que em 1921 já pagava o décimo terceiro mês aos seus trabalhadores e lhes financiava os estudos nas escolas comerciais, mostrando uma visão do negócio e uma responsabilidade social que ia muito para além do seu tempo. Merece ser lembrado.
Original, a nova Fundação propõe-se com total independência (incluindo da própria família que passa a ter uma representação minimal na gestão da Fundação…) a realização de estudos que ajudem a pensar e apontem soluções possíveis para melhorar o funcionamento da nossa sociedade. Trata-se de fazer ciência aplicada. Da Justiça à Saúde sem esquecer a sensível área da Educação.
Como primeiro presidente da Administração o nome de António Barreto é um garante do rigor científico de um trabalho que não seguirá nenhuma orientação política determinada, mas não se ficará pelos diagnósticos e não terá medo de arriscar apontar caminhos para fazer melhor. Doa a quem doer, aproveite quem aproveitar. São boas razões para celebrar.
Graça Franco
(Fonte: site RR)
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