Começa amanhã, na capital do Qatar, sob a égide da ONU, a Conferência mundial sobre o financiamento ao desenvolvimento.Preocupada com a crise económica e financeira, a Santa Sé publicou um documento onde condena a existência dos chamados “paraísos fiscais”, porque “defendem práticas desenfreadas como a fuga de capitais, evasão fiscal, sub-facturação de fluxos comerciais internacionais, lavagem de dinheiro, etc”…
Estes centros off-shore movimentam cerca de 860 mil milhões de dólares por ano. Se houvesse tributação fiscal sobre eles, a verba obtida – 255 mil milhões de dólares – seria três vezes superior à que é destinada pelos países ricos para ajudar o desenvolvimento.
Face a este evidente desequilíbrio, o que fazer?
A Santa Sé propõe um novo pacto internacional que recupere a confiança e transparência necessárias ao mercado financeiro, onde todos têm responsabilidade moral: o Estado, os agentes financeiros, as empresas, as famílias , as instituições, autoridades públicas e a sociedade civil.
Que ninguém se considere dispensado.
Aura Miguel
(Fonte: site RR)
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