A campanha presidencial nos EUA conhece hoje o seu desfecho. O democrata Barack Obama conservou até ao último dia a vantagem nas sondagens e, tudo indica, será o próximo presidente americano. O Republicano John McCain não se dá por vencido, mas só um apoio maciço na Florida, Indiana, Missouri, Ohio, Nevada e Carolina do Norte lhe pode dar a vitória.
O mundo aguarda a resposta que caberá aos mais de cem milhões de eleitores aguardados nas assembleias de voto por toda a América, dar. Uma participação recorde (mais de 80% dos eleitores) que prova o carácter histórico desta eleição. Antes de mais pelos candidatos: se vencerem os democratas, a América terá o seu primeiro presidente negro, concretizando assim o sonho de Martin Luther King e da geração dos direitos civis; se vencerem os republicanos, Sarah Palin, a número dois de McCain, tornar-se-á na primeira mulher na Casa Branca, outro marco da luta pela igualdade do género. Depois, pelas circunstâncias: os EUA vivem uma gigantesca crise económica e combatem em duas guerras no Médio Oriente.
A "urgência da mudança", como lhe chamou Obama, arrastou para a campanha grupos até agora alheados das decisões políticas. Jovens, negros, mulheres, todos entraram na campanha e prometem acorrer às urnas na esperança de fazer a diferença. E num aspecto já o fizeram: o mapa eleitoral da América mudou nesta corrida à Casa Branca, com os candidatos obrigados a lutarem por estados que davam como bastiões do seu partido.
Com um presidente cessante francamente impopular, com a opinião pública esmagadoramente a considerar que o país avança na direcção errada, há um sentido de urgência nesta eleição que não encontra paralelo na história recente.
(Fonte: site Radio Vaticana)
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