Contas feitas, pede-se a cada americano que contribua com qualquer coisa como dois mil e quinhentos euros, dos seus impostos, para salvar a economia da actual crise financeira.
Para uma família média isso representa, grosso modo, um esforço de dez mil dólares!
E pede-se-lhe que o façam para contrariar os erros de uma meia dúzia de banqueiros gananciosos. Os mesmos que não tiveram vergonha de se conceder a si próprios prémios e salários de dezenas de milhões, quando as respectivas empresas caminhavam alegremente para a falência.
Houve mesmo quem fosse obrigado a reformar-se perante os erros de gestão cometidos e, ainda assim, levasse para casa mais de cem milhões de dólares, pagos pela empresa lesada pela sua má gestão.
Mas, percebido esse clima, percebe-se pior a reacção dos seus representantes no Congresso. Perante o Plano de emergência de 700 mil milhões, agiram como a tripulação de um navio a afundar-se, reunida, tranquilamente, num salão para apurar os responsáveis pelo rombo no casco.
Ninguém lhes perdoará que não tentem tapar o buraco e estancar a entrada da água. Não fazer nada é crime!Como ontem dizia Bush, no seu apelo desesperado aos congressistas: “Não é tempo de atribuir culpas, mas de resolver o problema. A opção é entre fazer alguma coisa, para salvar a economia, ou lançar alguns milhões de americanos na pobreza”.
Por uma vez, Bush tem razão.
E pior para nós, se ele não conseguir convencer aquela dúzia de congressistas cujo voto terá de mudar para passar o plano. Não são só as carteiras dos americanos que correm riscos. São as nossas próprias carteiras que vão estar à mercê do bom senso, ou falta dele, desses homens.
Quem disse que a América perdeu poder?
(Graça Franco in site RR)
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