«Iluminação interior e não a conversão ao Deus pessoal é o núcleo desta nova espiritualidade e desta experiência mistíco-gnóstica. Esta iluminação pretende ser o conhecimento total do Homem e por isso julga-se superior à razão e à própria fé. É uma mística que se vive mais ao nível do coração e da afectividade do que ao nível da cabeça e da razão. E até se apoderou da figura de Jesus, considerado apenas como um mais um guru, isto é, um mestre de sabedoria e de espiritualidade, mestre capaz de despertar a profundidade interior do eu, mas por causa da sua forte personalidade carismática e não por ser Filho de Deus, feito Homem. Por conseguinte, este Cristo da "New Age", não pode ser o salvador, porque a salvação vem unicamente do nível do conhecimento do meu eu, e da libertação que alcançar por mim mesmo. Por conseguinte, trata-se de uma auto-salvação ou auto-redenção. A conversão é reduzida apenas a uma introspecção. É interessante porque usam o nosso vocabulário: noção de interioridade, de espiritualidade, de mística, de conversão, num significado completamente diferente do sentido cristão. Portanto a conversão, para esta nova religiosidade, é reduzida a uma introspecção, ao olhar para dentro de si mesmo.
(Excerto Conferência proferida nas Jornadas Nacionais de Catequistas, Fátima, 15-XI-2003 - Fonte: “Pastoral Catequética”, nº 1, Jan-Abril 2005 – D. António Marto, ao tempo Bispo de Viseu, hoje Bispo de Leiria-Fátima)
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