Uma das causas mais importantes
dessa fragilidade, diz ele, é a debilidade da relação entre pais e filhos. Se a
relação que os pais têm com os seus filhos não se distingue daquela que eles
têm com os seus amigos na escola, as crianças ficam frágeis.
Porquê?
Porque uma boa relação pai-filho é
sólida e incondicional. Pelo contrário, as relações entre iguais, nessas
idades, são frágeis por natureza.
As crianças agora necessitam do amor
e aceitação incondicional dos seus pais tanto como há 30 anos. Mas, atenção:
não podem obter isto nem dos seus iguais, nem do boletim de notas da escola,
nem dos “likes” nas redes sociais.
Sem uma relação sólida com os pais,
diz Sax, surge o culto pelo êxito, o meio mais rápido e eficaz para
“impressionar” os outros e “triunfar” na vida.
Mas é precisamente este culto que
põe os alicerces para que o edifício da autoestima se desmorone inexoravelmente
quando aparece um fracasso. E o fracasso – não nos enganemos, nem enganemos os
mais novos – chega sempre, mais tarde ou mais cedo.
E a disposição para o superar é uma
demonstração de um carácter bem formado. Porque a aceitação do fracasso e o
esforço por recomeçar são precisamente o contrário da fragilidade.
Quando as crianças estão seguras da
aceitação incondicional dos seus pais, encontram a firmeza que os permite
tentar, fracassar e recomeçar.
Pelo contrário, defende Sax, quando
valorizam a opinião dos amigos por cima da estima incondicional dos pais, não
são capazes de “digerir” um fracasso e, logicamente, tornam-se frágeis.
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