O Baptismo é o sinal indelével que torna a pessoa humana em membro da Igreja de Cristo.
É a única verdadeira porta de entrada pela qual nos convertemos em membros efectivos da Igreja Católica, como se fosse um bilhete de identidade vitalício, para empregar termos e palavras humanas que são as nossas.
Mas... os Mistérios Luminosos que têm de facto a ver com o Santo Rosário que é uma oração eminentemente Mariana?
Porque não se pode dissociar a Santíssima Virgem do seu Filho, Jesus Cristo e estes Mistérios que se referem de forma muito particular à vida pública de Cristo, à implementação do Reino de Deus e à instituição dos Sacramentos são como que o "complemento" dos outros Mistérios.
Exactamente neste primeiro Mistério começa essa "tarefa" do Salvador.
A água é o elemento natural mais precioso da humanidade. A sua falta em numerosos locais da terra provoca sofrimentos indizíveis e não poucas vezes lutas e guerras pela sua posse ou controlo.
Ao servir-se da água como elemento fundamental do Baptismo e, também, ao aceder recebê-la como sinal visível Jesus avaliza a fórmula baptismal instituindo com a Sua acção o Sacramento, o primeiro dos sete que há-de instituir.
Podemos dizer que a Santíssima Trindade quis "reforçar" a dignidade e importância do Baptismo estando presente Deus Espírito Santo que sob a forma de pomba desceu sobre o Baptizando, Deus Filho o Baptizando e Deus Pai que fez ouvir a Sua voz.
Dos sete Sacramentos existem dois que imprimem carácter, ou seja, são irreversíveis porque transformam o homem em algo inteiramente diferente do que era antes de o receber.
O Batismo ao introduzir a pessoa no seio da Igreja instituída por Jesus Cristo, dá-lhe uma nobreza e uma dimensão inteiramente novas que jamais perderá mesmo que o deseje.
A patética - para usar uma expressão "suave" - teoria de deixar ao livre arbítrio de cada um o desejo do Baptismo, não o baptizando enquanto criança, configura um risco tremendo de responsabilidade pelo seu futuro eterno.
(ama, Malta, Abril de 2016)
[i] São João Paulo II acrescentou estes “Mistérios” a que chamou da Luz – ou Luminosos– ao Rosário de Nossa Senhora.
Não sei, evidentemente, a razão que terá levado o Santo Pontífice a fazê-lo e alguém poderá questionar o que têm a ver com o Rosário Mariano.
Têm tudo a ver porque a vida de Nossa Senhora está tão intimamente unida à do Seu Filho, nosso Salvador, que me parece muito lógico e adequado.
Os Cinco Mistérios levam-nos a considerar, principalmente, a instituição dos sacramentos que Jesus nos quis deixar como preciosos e imprescindíveis meios para obter a Salvação Eterna que nos ganhou na Cruz.
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