Discurso Catequético, 23-26; SC 453
O facto de que Deus, que é todo-poderoso, ter sido capaz de Se abaixar até à humildade da condição humana é uma prova maior do seu poder do que o aparato e o carácter sobrenatural dos milagres. Na verdade, quando o poder divino realiza uma acção de grandeza sublime, isso é, de alguma forma, consistente e adequado à natureza de Deus. […] Em contrapartida, que Deus tenha descido até à nosso baixeza é, de alguma forma, a expressão de um poder superabundante, que não é de modo algum limitado pelo que é contrário à sua natureza. […]
Nem a extensão dos céus, nem o brilho das estrelas, nem a ordem do universo, nem a harmonia das coisas criadas revelam tão bem o magnífico poder de Deus como a sua indulgência, que O leva a abaixar-Se até à fraqueza da nossa natureza. […] A bondade, a sabedoria, a justiça e o poder de Deus revelam-se nos seus desígnios a nosso favor: a bondade na vontade de «salvar o que estava perdido» (Lucas 19,10); a sabedoria e a justiça, na sua forma de nos salvar; o poder, no facto de que Cristo «Se tornou semelhante aos homens» (Fil 2,7-8) e Se conformou com a humildade da nossa natureza.
Nem a extensão dos céus, nem o brilho das estrelas, nem a ordem do universo, nem a harmonia das coisas criadas revelam tão bem o magnífico poder de Deus como a sua indulgência, que O leva a abaixar-Se até à fraqueza da nossa natureza. […] A bondade, a sabedoria, a justiça e o poder de Deus revelam-se nos seus desígnios a nosso favor: a bondade na vontade de «salvar o que estava perdido» (Lucas 19,10); a sabedoria e a justiça, na sua forma de nos salvar; o poder, no facto de que Cristo «Se tornou semelhante aos homens» (Fil 2,7-8) e Se conformou com a humildade da nossa natureza.
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