Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 3 de abril de 2020

ESTADO DE EMERGÊNCIA CRISTÃ

Uma proposta diária de oração pessoal e familiar.

16º Dia. Sexta-feira da V Semana da Quaresma, 3 de Abril de 2020.

Meditação da Palavra de Deus (Jo 10, 31-42)

A blasfémia e as boas obras

“Jesus disse-lhes: ‘Apresentei-vos muitas boas obras, da parte de meu Pai. Por qual dessas obras Me quereis apedrejar?’ Responderam os judeus: ‘Não é por qualquer boa obra que Te queremos apedrejar; é por blasfémia, porque Tu, sendo homem, Te fazes Deus’.”

Por que razão a Igreja, dois mil anos depois da sua fundação, é tão atacada, não apenas pelos regimes autoritários e pelo fundamentalismo islâmico, mas também pelo laicismo europeu, que quer confiná-la à intimidade das consciências, mas sem presença nem expressão pública. É, na realidade, pela mesma razão que, há dois mil anos, também queriam apedrejar Jesus: pelas suas boas obras.

Para qualquer ateu, agnóstico ou crente noutra religião, é insuportável todo o bem que a Igreja realiza no mundo inteiro: não têm conta os seus hospitais, orfanatos, clínicas, sanatórios, leprosarias, dispensários médicos, creches, escolas profissionais, colégios, universidades, residências, etc. Nos lugares mais perdidos do planeta, há missionários que, sem qualquer recompensa humana nem reconhecimento social, se entregam generosamente aos outros, em atitude de serviço e de voluntária e alegre oblação.

Por que razão as obras de caridade e de assistência social da Igreja católica são tão provocantes para os não-crentes? A resposta é dada pela indignação de Judas Iscariotes ante a esplêndida prestação de Maria: a generosidade da irmã de Lázaro punha a nu a mesquinhez e avareza do apóstolo traidor.

Mais insuportável do que a caridade da Igreja é, com efeito, a sua ‘blasfémia’: afirmar que Jesus Cristo é Deus! Talvez muitos estivessem de acordo em reconhecer que é um profeta, um justo, até mesmo um grande santo, mas … Deus?! Escandalizam-se quando, pelas próprias obras da Igreja, deveriam perceber que todo o bem que a Igreja faz, há dois mil anos no mundo, não é humano, mas divino. Mas é tal a misericórdia de Deus que, em vez de fazer o bem por si mesmo, o quer fazer através de nós ou, melhor dizendo, apesar de nós.

Senhor, obrigado pela santidade da tua vida e da tua Igreja! Não permitas que nunca cessem as suas boas obras! Obrigado por nos teres escolhido, nós que somos servos inúteis, como instrumentos desproporcionados das obras de Deus. Não permitas que, por nossa culpa, seja blasfemado o Santo Nome de Deus, nem a santidade da tua Igreja!
Intenções para os mistérios dolorosos do Santo Rosário de Nossa Senhora:

1º - A oração de Jesus no horto. Neste primeiro mistério doloroso rezemos pela Ásia, recordando que foi num país deste continente que Jesus nasceu, viveu, morreu e ressuscitou. Queira Deus que haja paz na pátria de Jesus, Príncipe da Paz!

2º - A flagelação de Jesus. Ao Egipto coube a honra de aí ter vivido, durante algum tempo, a Sagrada Família, quando se exilou, para fugir à ira assassina de Herodes. Rezemos pelo continente africano, pelos refugiados e por todos os cristãos que, nesses países, são perseguidos por causa da sua fé.

3º - A coroação de espinhos. A coroa é um símbolo tradicional do poder, que por vezes é exercido de uma forma despótica. Rezemos pelo continente americano, pedindo sobretudo pela Igreja desses países e pelos cristãos da Venezuela.

4º - Jesus com a cruz às costas. Penoso foi o caminho do Senhor até ao Calvário, como difícil é também o caminho do progresso humano e espiritual dos longínquos povos da Oceania. Rezemos para que, também nesse continente, Jesus Cristo seja conhecido e amado.

5º - Jesus morre na Cruz. A Europa declarou, a finais do século XIX, a ‘morte de Deus’ e, desde então, sofre as consequências desta negação, que é também uma ameaça à sua identidade, à vida e dignidade humana. Que esta Páscoa seja também uma ocasião para o renascimento da Igreja em todos os países europeus.

Para ler, meditar e partilhar! Obrigado e até amanhã, se Deus quiser!

Com amizade,
P. Gonçalo Portocarrero de Almada

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