Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 21 de abril de 2020

ESTADO DE EMERGÊNCIA CRISTÃ

Uma proposta diária de oração pessoal e familiar.

34º Dia. Terça-feira da segunda semana da Páscoa, 21 de Abril de 2020.

Meditação da Palavra de Deus (Jo 3, 7b-15)

Nascer de novo!

No seguimento daquela conversa de Jesus com Nicodemos, Nosso Senhor disse-lhe, com insistência, que era preciso nascer de novo. Não se limitou a propor um simples recomeço, nem uma mera alteração de vida, mas um novo nascimento. Nicodemos chegou a pensar que tinha que regressar ao ventre materno para, de novo, renascer, mas não era a isso que Jesus se referia.

Fazem dó aquelas pessoas que não se arrependem de nada do seu passado, ou que, como agora se diz, tudo assumem. É uma atitude de uma enorme soberba e total cegueira espiritual. Quem fizer um breve exame de consciência, imediatamente se dará conta de tantas coisas que fez mal, ou que não devia ter feito, ou que devia ter feito e não fez, ou devia ter feito melhor de como as fez, etc. Um cristão, que olhe com sinceridade para o seu passado, que só pode ter um desejo: o de recomeçar uma nova vida! Mas, como poderá ser nova essa vida se continua, cá dentro, o homem velho de que já São Paulo se queixava?! Como posso ser outro, continuando a ser eu mesmo?! Não é isso uma irresolúvel contradição?

Em termos meramente humanos, é óbvio que ninguém pode nascer de novo, nem recuar no tempo da sua vida: o relógio não retrocede, nem pára, está sempre a avançar, em direção ao futuro. Também não podemos despir a nossa personalidade, para sermos, noutro tempo e lugar, um ser diferente, como pressupõe, sem nenhum fundamento científico e contrariando a Bíblia, os falsos profetas da reencarnação. Mas sim, podemos renascer!

A absolvição sacramental, depois de uma confissão íntegra e contrita, não apenas apaga os pecados cometidos e confessados, como os elimina de uma vez por todas. Por isso, a pessoa que acaba de receber o perdão dos seus pecados, sendo a mesma que antes se confessou, é também diametralmente diferente dela, porque começou uma nova vida, ou seja, nasceu de novo! É ela mesma, mas sem nada do que tanto a entristecia e entristecia Nosso Senhor, como também o curado de uma doença grave é a mesma pessoa que a padeceu, mas agora sem essa horrível enfermidade.

Quando as tuas faltas e pecados pesarem no teu coração, quando as tuas próprias infidelidades onerarem a tua consciência, não desesperes nem desanimes, mas vai confessar-te. Aí, ao abrires o teu coração, troca a tua vida velha e cheia de pecados pela vida nova e cheia de virtudes que Jesus te oferece no Sacramento da Penitência. E então sim, como Nicodemos, terás nascido de novo.

Intenções para os mistérios dolorosos do Santo Rosário de Nossa Senhora:

1º - A oração de Jesus no horto. Triste sonolência a dos apóstolos, que os leva dormir quando deveriam rezar. Rezemos por todos os que são tíbios, para que o Senhor os desperte para a verdadeira devoção.

2º - A flagelação de Jesus. Todos os pecados trazem consigo a sua própria penitência: quanto sofrimento experimentarão os que agora são escravos da sua luxúria. Rezemos pela sua conversão!

3º - A coroação de espinhos. A coroa é um símbolo de riqueza e de poder e quantos, por adorarem esses ídolos, comprometem a sua salvação. Rezemos por todos os que vivem apegados aos bens da terra.

4º - Jesus com a cruz às costas. O sofrimento, quando vivido com cristã resignação, é caminho para o Céu. Rezemos por todos os doentes, para que o seu sofrimento não os leve a cair em desesperação.

5º - Jesus morre na Cruz. Todos os que lidam com os moribundos – familiares, médicos, amigos, etc. – têm um dever grave de os preparar para o iminente encontro com Deus. Rezemos por todos os agonizantes, para que não lhes falte essa ajuda.

Para ler, meditar e partilhar! Obrigado e até amanhã, se Deus quiser!

Com amizade,
P. Gonçalo Portocarrero de Almada

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