Lembro-me agora de tantos – mulheres e homens do Opus Dei, seus familiares, amigos e cooperadores – que estarão neste momento prestes a entregar a sua alma a Deus. Para todas e para todos, peço a graça de uma passagem santa, cheia de paz, em íntima identificação com Jesus Cristo. O Senhor ressuscitado é a esperança que nunca desanima, que não engana (cfr. Rm 5, 5) (…). Quantas vezes na nossa vida as esperanças se desvanecem, quantas vezes as expectativas que temos no coração não se realizam! A nossa esperança de cristãos é forte, certa e sólida, nesta Terra onde Deus nos chamou a caminhar, e está aberta à eternidade, porque se fundamenta em Deus, que é sempre fiel [6].
Proponho-vos que, ao longo deste mês dedicado aos fiéis defuntos, cada um leia e medite os pontos que o Catecismo da Igreja Católica dedica às verdades eternas. Descobrireis razões de esperança e de otimismo sobrenatural, e um novo impulso na luta espiritual de cada dia. Até as visitas aos cemitérios, que nestes dias se repetem como uma piedosa tradição em muitos sítios, se podem converter em ocasiões para que aqueles que acompanhamos apostolicamente ponderem as verdades eternas e procurem cada vez mais este nosso Deus que nos acompanha e nos chama com ternura de Pai.
Com a morte, acaba-se o tempo de fazer boas obras e de alcançar méritos diante de Deus, e dá-se, imediatamente, o julgamento pessoal de cada um. Efetivamente, faz parte da fé da Igreja que «cada homem recebe na sua alma imortal a retribuição eterna, num juízo particular que põe a sua vida em referência a Cristo, quer através de uma purificação, quer para entrar imediatamente na felicidade do Céu, quer para se condenar imediatamente para sempre» [7].
[6]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 10-IV-2013.
[7]. Catecismo da Igreja Católica, n. 1010.
(D. Javier Echevarría na carta do mês de novembro de 2013)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
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